
Mais uma casa “paga” pelo Contas-poupança
Ontem recebi mais uma mensagem de um espectador a agradecer o facto do seguro de vida lhe ir pagar o crédito à habitação. Ainda não aconteceu mas vai acontecer. Ele já confirmou.
O Pedro Martins autorizou-me a contar o caso dele. Leia porque pode vir a ser-lhe útil no futuro ou a alguém que conhece que pode estar na mesma situação ou semelhante.
O Pedro estava em casa a ver outro canal quando recebeu um telefonema de um amigo para pôr a TV na SIC para ver o “Contas-poupança” que era sobre seguros de vida e créditos à habitação. Ficou a ver e percebeu que aquilo se aplicava a ele.
Durante muito tempo trabalhou numa multinacional mas recentemente foi-lhe diagnosticado um problema na visão que já sabe que lhe vai dar mais de 70% de incapacidade. Infelizmente, pelo que me contou, a doença é evolutiva e perderá a visão.
Ele não fazia ideia de que o seguro de vida do crédito à habitação podia pagar o valor ainda em dívida ao banco no caso de ficar incapacitado para o trabalho. Nem sabia a diferença entre o seguro “bom” (ITP) e o seguro “Mau” (IAD). Se não sabe do que estou a falar tem mais abaixo vários links de artigos anteriores sobre tudo o que precisa saber. Informe-se.
Disse-me o Pedro que agora ficou fã do Contas-poupança e não perde um episódio da rubrica. A expressão que utilizou e com a qual concordo em absoluto é que “Informação é poder”. É mesmo.
Dentro do cenário mau, tem menos uma preocupação. No caso dele, ao acionar o seguro (que felizmente é o ITP) o seguro vai pagar 90% do valor em dívida porque os restantes 10% estão relacionados com a mulher. Este detalhe é muito importante e não tenho falado dele.
A percentagem do seguro de vida é importante
Para poupar, muitos clientes bancários até fazem o seguro de vida bom mas depois aceitam fazer só a 50% do valor em dívida. O que é que isto quer dizer?
Quer dizer que tem muitas opções quando faz um seguro. Pode fazer o seguro a 100% só para um. Por exemplo, se o marido morrer ou ficar com 66% de incapacidade (depende do que estiver na sua apólice) a casa fica paga; mas se acontecer alguma coisa à mulher, continua a pagar a casa como até agora. Ou o contrário.
Pode também fazer a 50% do valor em dívida para um ou para os dois. Ou seja, se acontecer morte ou incapacidade com um dos membros do casal, o seguro só paga metade do valor em dívida ao banco e o sobrevivente fica a pagar a outra metade ao banco. Nunca assine nada de cruz. Tem de saber o que quer.
Portanto, veja com atenção as reportagens que já fizemos sobre este tema e informe-se detalhadamente sobre as condições da sua apólice. Se não tem guardado esse documento peça uma segunda via ao seu banco ou seguradora. E altere o que quiser alterar antes que aconteça alguma coisa (mesmo que fique a pagar um pouco mais). Conheço casos em que o pior aconteceu e só nessa altura é que descobriram que tinham o seguro pior. Tarde demais.
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