
Nova remuneração válida para o segundo semestre de 2025
A revisão semestral volta assim a reduzir o rendimento do produto, que no semestre anterior pagava 2,25% e, até ao final de 2024, chegava a 3,05%. Em menos de um ano a remuneração caiu, no total, 1,35 pontos percentuais. Atualmente, está a render menos do que os Certificados de aforro. Vale a pena continuar com esta ferramenta de poupança?
O cálculo para cada semestre é feito assim (é sempre 80% da Euribor em datas específicas):
O que permanece igual
- Capital continua 100% garantido pela seguradora.
- Mantêm-se a ausência de comissões de subscrição, manutenção e resgate.
- O resgate pode ser feito a qualquer momento, sem penalizações.
Comparação com os Certificados de Aforro
Os Certificados de Aforro, série F, passam a pagar 2,011% brutos em julho, depois de quatro cortes seguidos motivados pela queda da Euribor a três meses. A diferença para o My Savings estreita-se, mas o produto do Estado continua a oferecer mais três décimas de ponto em juros em Julho. Esse valor vai descer nos próximos meses. Em pouco tempo já estarão equiparados novamente à medida que a Euribor a 3 meses continuar a baixar.
Por outro lado, no My Savings a capitalização dos juros é diária em vez de trimestral e na altura do resgate a fiscalidade é melhor do que a dos Certificados de Aforro (11,2% após 8 anos vs 28%).
_________________________________________________________
_________________________________________________________
O que pode fazer quem já tem dinheiro no My Savings
Para quem mantém o objetivo de segurança total do capital, a nova taxa não é dramática: ainda supera a maioria dos depósitos a prazo dos grandes bancos, hoje perto de 1,5%. Contudo, quem valoriza rendimento acima de tudo encontra já depósitos promocionais a 12 meses em bancos de menor dimensão a rondar 2–2,5% e algumas contas-poupança estrangeiras online a 2%. A decisão passa por ponderar:
- Liquidez necessária – o My Savings continua a permitir resgates sem perda de juros (tal como os Certificados de Aforro)
- Valor investido – diferenças de algumas décimas só se tornam relevantes para montantes elevados. No My savings a taxa fica garantida durante 6 meses, enquanto nos Certificados de Aforro mudam todos os meses (para cima e para baixo).
- Perspetiva de taxas – se a Euribor prosseguir a descida esperada, os Certificados de Aforro deverão cair abaixo de 2% nos próximos meses; nesse cenário, o My Savings poderá voltar a ficar competitivo mesmo com 1,7%. Não precisa tomar decisões precipitadas.
Sem arriscar, continua difícil vencer a inflação
A atualização para 1,7% confirma a tendência descendente das taxas garantidas em produtos de poupança com capital seguro. Continua a ser uma alternativa sem risco de mercado (só corre o risco de perder dinheiro se a seguradora for à falência). Quem privilegiar segurança pode continuar a poupar aqui; quem procurar maior rentabilidade deverá comparar com depósitos promocionais ou assumir risco noutros instrumentos de investimento.
Seja no My Savings, seja nos Certificados de aforro está em ambos a perder dinheiro para a inflação. Mas para ter o seu fundo de emergência ou para não ter dinheiro a definhar na sua conta à ordem, continuam a ser uma opção. Avalie.