O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou o aumento da taxa de inflação homóloga para 2,4% em junho, mais 0,1 pontos percentuais que em maio.
Com arredondamento a uma casa decimal, a taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC), entretanto avançada pelo INE, coincide com a estimativa rápida que já tinha sido divulgada pelo gabinete estatístico a 30 de junho.
No que diz respeito ao indicador de inflação subjacente - que não inclui os produtos mais voláteis, tais como alimentos e energia -, registou uma variação homóloga de 2,4% em junho, que compara com os 2,2% registados no mês anterior.
O índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para - 1,3% face aos 0,1% de maio, ao passo que o índice que se refere aos produtos alimentares não transformados acelerou pelo quinto mês consecutivo, passando de 4% em maio para 4,7% no mês passado.
Em junho, as classes que mais contribuíram para a variação homóloga do IPC foram as de "bens alimentares e bebidas não alcoólicas” e de “restaurantes e hotéis”. Em sentido contrário, a classe com contribuição negativa mais relevante foi a de “vestuário e calçado”.
Comparando com o mês anterior, destaca-se o aumento da contribuição para a variação homóloga do IPC da classe dos “bens alimentares e bebidas não alcoólicas” e dos “transportes”, enquanto “habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis” apresentou uma descida da sua contribuição.
Quanto ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite a comparação entre países europeus, apresentou uma variação homóloga de 2,1%, mais 0,4 pontos percentuais face a maio e mais 0,1 pontos percentuais acima da área do Euro. De recordar que em maio a taxa em Portugal tinha sido inferior em 0,2 pontos percentuais.
Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 2,1% em junho (contra 1,6% em maio), taxa inferior à correspondente para a área do euro, estimada em 2,4%.
De recordar que estar a par desta informação é importante para saber que valor líquido as suas poupanças e investimentos têm de render para não perder dinheiro. Esse rendimento deve ser líquido, isto é, já livre de impostos, o que reforça a importância de agir e procurar ativamente taxas de juro superiores a 2%. Já nem os Certificados de Aforro estão a conseguir vencer a inflação, pelo que aprender a investir é cada vez mais importante.