
De acordo com os cálculos feitos pelo Contas-poupança, os Certificados de Aforro vão render menos em julho depois da média da Euribor a três meses, utilizada para calcular as taxas de juro deste produto financeiro, se ter fixado em 2,011% este mês.
No final de março, a média da Euribor a três meses ficou abaixo dos 2,5% pela primeira vez em dois anos, deixando desde essa data os aforristas de receber a taxa de juro base máxima de 2,5%.
Assim sendo, a quebra já vai no quarto mês consecutivo, embora não seja surpreendente, considerando a tendência de descida mais expressiva das Euribor desde junho de 2024. É o valor mais baixo desde o início da série F.
No caso específico da Euribor a três meses, a descida começou a tornar-se mais evidente no início do ano, pelo que esta situação era expectável. Começa a ser muito importante tentar encontrar alternativas mais rentáveis do que os Certificados de aforro.
De referir que 2,5% é a percentagem de juros que qualquer cidadão que subscreva a Série F receberia enquanto a Euribor a três meses se mantivesse acima dos 2,5%. Contudo, o valor total de juros recebidos pode variar consoante os prémios de permanência.
Ainda assim, isto não significa que os aforristas devam desistir dos Certificados de Aforro ou retirar dinheiro que lá tenham investido. Apesar das quebras, este continuará a ser um dos produtos mais vantajosos com capital garantido, em comparação com a média dos depósitos a prazo dos bancos.
Quem tenha Certificados de Aforro subscritos há mais tempo começa a ter direito a prémios de permanência que - a partir do segundo ano de subscrição-, por exemplo, já valem 0,25%, que acresce à taxa de juro base. Isto é, ainda que a taxa de juro base esteja abaixo dos 2,5%, pode ser de alguma forma compensada pelos prémios de permanência. No entanto, há sempre o risco de perder dinheiro para a inflação, pelo que investimento noutro tipo de produtos financeiros que rendam mais é aconselhado.
Prevê-se que as taxas Euribor continuem a baixar nos próximos meses.