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Taxa de juro dos Certificados de Aforro cai para 1,987% em agosto

A rentabilidade dos Certificados de Aforro vai cair novamente em agosto e fixar-se, pela primeira vez, abaixo do patamar dos 2%. A média da Euribor a três meses, nos 10 dias a contabilizar para o cálculo da taxa de juro, foi de 1,987%. É o quinto mês consecutivo de quebra.

Taxa de juro dos Certificados de Aforro cai para 1,987% em agosto

Os Certificados de Aforro vão, pela primeira vez desde o início da Série F, render menos de 2%. A média da Euribor a três meses nos dez dias úteis anteriores ao antepenúltimo dia do mês, os que são contabilizados para o cálculo da taxa de juro base máxima, fixou-se em 1,987%.

Em agosto, os aforristas vão voltar a receber menos, com a rentabilidade deste produto financeiro a cair pela quinta vez consecutiva.

No final de março, a média da Euribor a três meses ficou abaixo dos 2,5% pela primeira vez em dois anos, iniciando no início de abril um ciclo de quebras que não cessou, o que não surpreende dada a tendência de descida mais expressiva das Euribor desde junho de 2024.

No caso específico da Euribor a três meses, a descida começou a tornar-se mais evidente no início deste ano. O rendimento dos Certificados de Aforro já não é suficiente para combater a inflação - que em junho se fixou em 2,4% -, pelo que se os aforristas pretendem investir em produtos mais rentáveis, terão de procurar alternativas.

De referir que 2,5% é a percentagem de juros que qualquer cidadão que subscreva a Série F receberia enquanto a Euribor a três meses se mantivesse acima dos 2,5%. Contudo, o valor total de juros recebidos pode variar consoante os prémios de permanência.

Quem tenha Certificados de Aforro subscritos há mais tempo começa a ter direito a prémios de permanência que valem 0,25% a partir do segundo ano de subscrição, valor que acresce à taxa de juro base. Isto é, ainda que a taxa de juro base esteja abaixo de 2%, pode ser de alguma forma compensada pelos prémios de permanência.

Apesar de renderem cada vez menos, os Certificados de Aforro ainda são mais vantajosos que os depósitos a prazo dos bancos tradicionais que remuneraram, em média, 1,49% em maio, de acordo com dados do Banco de Portugal.

Disponível online, livrarias e supermercados.