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PodTEXT | Como faço para começar a investir a partir do zero?

Os mercados estão uma loucura de subidas e descidas. É nestas alturas que surgem boas oportunidades para "entrar" no mercado e começar a investir. Não pense que isto é só para pessoas ricas e muito experientes. É verdade que também não é para todos e só deve investir dinheiro que não lhe faça falta para o dia a dia. Também nunca deve investir o seu fundo de emergência. Mas se quiser começar a partir do zero, como é que se faz?

PodTEXT | Como faço para começar a investir a partir do zero?

[Introdução – Pedro Andersson]

Olá! Sou o Pedro Andersson, jornalista especializado em finanças pessoais e, como sabe, aproveito as minhas viagens de carro para falar consigo sobre dinheiro. Faço de conta que vai sentado/a no lugar de pendura e juntos vamos conversando sobre como podemos gerir de forma mais eficiente e inteligente o nosso dinheiro, seja muito, seja pouco.

Queria falar convosco sobre o grande medo dos portugueses, que é começar a investir. Para já, a definição de investir é uma coisa que é preciso esclarecer, acho eu.

Acho que é importante perdermos aqui um ou dois minutos só para explicar o que é investir, porque este episódio vem a propósito de uma reportagem que fiz recentemente para o Contas-poupança no Jornal da Noite da SIC, em que fui à rua e perguntei a várias pessoas o que achavam, no momento em que estou a gravar, da grande crise nos mercados por causa das tarifas do presidente norte-americano Donald Trump.

Ora, os mercados estão em queda, andam para cima, andam para baixo, parecem uma autêntica montanha-russa e, portanto, isso já sabemos teoricamente, porque uma coisa é a teoria, depois outra coisa é a prática.

Aquilo que verifico é que a maior parte das pessoas até sabe que nas alturas de crise dos mercados, nas bolsas, é uma boa altura para começar a investir. Aquele conceito básico de que nesta altura é que as coisas estão em saldos. Isto é o que as pessoas sabem e que faz parte do senso comum. É lógico, é óbvio que é assim. Se as coisas estão baratas, é uma boa altura para comprar.

Mas agora aqui chegamos a um problema gravíssimo na sociedade portuguesa que, na minha opinião, é fruto da nossa falta de literacia financeira e de percebermos como é que funcionam os investimentos e o dinheiro.

Então, embora as pessoas compreendam este conceito básico, para elas é impossível serem elas a investir. Para já, a primeira coisa que me dizem é que se é para os ricos, então não têm dinheiro. Podemos falar sobre este mito urbano daqui a pouco.

Depois, algo que me deixou de alguma maneira chocado, mas apenas porque foi a confirmação daquilo que já temia: perguntei a várias pessoas, incluindo jovens, o que fariam se alguém lhes desse mil euros para investir, o que faziam?

Ou seja, são mil euros que alguém vos dava, não para gastar, não para depósitos a prazo e não para deixar numa conta à ordem. O que é que faziam? Não houve ninguém, à exceção de um jovem adulto, com os seus 30 anos talvez, que me disse que já investia, já tinha fundos PPR, já tinha ETFs, mas, com a exceção desse jovem rapaz, ninguém me soube dizer como é que se fazia para investir.

Reparem, eu nem disse em que investir. Então, as respostas que obtive foram, a primeira e mais grave, que não faziam nada. Nada. Nem sequer quer pensar no assunto. Portanto, bloqueou logo à partida qualquer hipótese de tentar explicar como é que se investe.

E quando perguntei porquê, a resposta foi que era por medo. E medo de quê? Medo de tudo, disseram-me. Isto é trágico. Muitas pessoas não sabem e nem sequer querem pensar no assunto, porque isso vai exigir um esforço demasiado grande e por vários motivos.

E reconheço que alguns desses motivos até podem ser válidos, porque tiveram uma experiência má no passado, porque acham que não devem arriscar dinheiro que lhes possa fazer falta, porque acham que não estão habilitados para isso de alguma maneira e não querem estar.

Houve um senhor que me respondeu que não sabia de nada isso e então perguntei-lhe onde é que iria pedir informações, ao que o senhor me respondeu que ia perguntar aos senhores da bolsa. E quem eram os senhores da bolsa? Também não fazia ideia. Disse-me: não sei, se calhar ia à bolsa, ao edifício onde é a bolsa. Bem, é preciso compreender que não se compram ou vendem ações diretamente no edifício da bolsa, mas isto para dizer que as pessoas nem sequer sabem onde podem perguntar este tipo de coisas.

Uma outra senhora, de uma forma um bocadinho mais conhecedora deu a seguinte resposta: “ia ao meu banco se quisesse começar a investir e perguntava quais são as melhores ações”. Pelo menos ia perguntar a uma entidade minimamente credível, mas pelas conversas que já estamos a ter ao longo dos últimos anos, também já percebeu que os bancos, de uma forma genérica, são partes demasiado interessadas para serem eles a primeira escolha para começarmos a investir. Mas já não é mau.

E porquê? Porque eles têm, de facto, profissionais da área, darão conselhos relativamente bons, mas depois aí entramos num outro problema que é que as comissões pagas nos bancos para investir são muito grandes. Mas se for para começar e se para começar se sente mais seguro a perguntar numa entidade como o seu banco, eu já dou isso de barato.

Força nisso. Vá fazer um fundo PPR no seu banco, vá informar-se sobre os vários tipos de fundos de investimento que existem no seu banco e pergunte ao seu banco se tem ETFs. Depois pergunte as comissões antes de decidir e compare com outras. Mas se ficar a saber que o seu banco tem, já é um bom avanço.

Portanto, o que é afinal começar a investir? Era essa a conversa que gostava de ter convosco porque, de facto, em alturas de crise como esta, pode ser uma boa altura para começar, não quero dizer que seja, mas teoricamente se é para começar é numa altura destas.

Se já começou a investir no passado e agora está em pânico porque está a perder 20%, 25% ou 30%, calma. Não faça nada, espere porque isto vai passar, em princípio, a menos que precise do dinheiro que investiu. Mas se à partida precisava do dinheiro, não o devia ter investido em primeiro lugar, certo?

Mas quem se mete nestas coisas dos investimentos para ganhar dinheiro que se veja, duplicar, triplicar, quadruplicar o seu património, é quase obrigatório passar por estas tempestades. E depois da tempestade vem a bonança. Foi o que aconteceu no passado. Mais uma vez, ninguém lhe pode garantir que isso aconteça no futuro.

Mas então, tentei, nessa reportagem que fiz com a ajuda de uma pessoa que conhece muito bem os mercados, o Filipe Garcia, da IMF, uma empresa no norte do país, no Porto, que é a Informação de Mercados Financeiros, e esta pessoa tem décadas de experiência nos mercados, portanto já passou por várias crises. Ele sabe o que isto é e isto já não lhe tira o sono, não é? Portanto era importante ouvir a entrevista ao Filipe Garcia, que foi publicada na passada sexta-feira. Ouça com cuidado.

Mas agora, aqui entre nós numa conversa simples, clara, sem nenhum interesse escondido, como é que se começa a investir? Investir é mais do que certificados de aforro ou depósitos a prazo. E faço esta ressalva porque também foi uma das tais respostas daquilo a que nós chamamos na televisão e no jornalismo um vox pop, que é ir para a rua ouvir opiniões de uma forma indiscriminada. Não é uma sondagem, é completamente aleatório. Não tem uma amostra, é o que é, é o que as pessoas dizem.

E então, nesse vox pop algumas pessoas responderam à minha pergunta sobre onde investiam mil euros dizendo que aplicavam em certificados de aforro. Aliás, até uma pessoa me respondeu que fazia “aquele investimento nos correios”, referindo-se a certificados de aforro.

Ora, certificados de aforro e depósitos a prazo não são investimentos. Trata-se de poupanças que têm como principal missão manter o valor do seu dinheiro. Por isso é que têm de render no mínimo a inflação. Se a inflação estiver a 2% e se conseguir ter uma ferramenta de poupança com capital garantido que renda pelo menos 2% líquidos – e isto é muito importante, porque depois de receber os juros, 28% são para o Estado –, portanto, se o seu juro for de 2,5% e se a inflação for de 2,5%, quer dizer que está a perder dinheiro, literalmente.

Não o valor das notas, mas não vai conseguir comprar coisas com esse valor, as mesmas que comprava no passado. Portanto, é apenas para manter o seu dinheiro. E isso serve para o seu fundo de emergência, por exemplo.

Agora, se quisermos ter dinheiro na reforma, se quisermos ter dinheiro para ajudar os nossos filhos no futuro, se quisermos ter dinheiro para mudar de casa no futuro, se quisermos ter dinheiro para comprar um carro no futuro, para montarmos um pequeno negócio, ou simplesmente para termos uma maior rede de segurança, mais dinheiro basicamente, então aí não há outra forma, temos de começar a investir.

E é aí que entramos nesta pergunta fundamental. Em que investir? Pode ser em duas coisas. A forma mais rentável, historicamente, de ganharmos dinheiro é através do imobiliário. Comprar casas, remodelá-las e vendê-las, comprar casas e vendê-las logo, comprar casas e arrendá-las, comprar casas, remodelá-las e arrendá-las.

Portanto, qualquer uma destas ações ou outras que se lembre, mas relacionadas com o imobiliário, normalmente trazem um grande rendimento, mesmo que não seja no presente, será no futuro. Isto porque o imobiliário normalmente valoriza bastante e, portanto, se der agora 200 mil euros por uma casa, muito provavelmente vai vendê-la no futuro, não se sabe é quando, por 300 mil euros, por exemplo. Pelo menos é isso que tem acontecido.

O problema é que não tem muita liquidez, ou seja, pode querer vender a casa agora e pode não arranjar um comprador que lhe dê o dinheiro que gostava de ter agora. Por isso é que outra alternativa que pode ser usada até complementar, dependendo dos seus rendimentos e do valor que têm dinheiro para investir, o ideal seria ter casas e investimentos na Bolsa.

Mas isto não é só comprar ações, porque uma das respostas que também obtive nesse vox pop é que as pessoas achavam que investir é comprar ações. E as respostas que me deram, daquelas mais rápidas, foram sobretudo ações de empresas portuguesas ou de empresas que estão em Portugal. As pessoas não encaram como uma possibilidade natural e normal comprar ações de empresas estrangeiras, só pensam em ações nacionais.

Falaram da Galp e da EDP e de empresas ligadas ao papel, etc. Portanto, a ideia com que fico é que quando se fala em investir, as pessoas pensam em comprar ações através do seu banco de sempre, um banco clássico e grande, com as correspondentes comissões todas e depois admiram-se por não terem grandes lucros, de não ganharem quase nada ou até de estarem a perder.

Porquê? Porque as comissões levam os lucros todos. Porque quem começa a investir começa com valores muito pequeninos e para compensar as grandes comissões dos grandes bancos as pessoas teriam de investir, talvez, logo assim à cabeça cinco ou dez mil euros, no mínimo.

E quando começamos a investir, do ponto de vista pedagógico, para as pessoas perceberem como é que isto funciona, normalmente estou a falar de 100 euros, 200 euros, 300 euros, 500 euros, no máximo, para a primeira experiência de investimento. Mas aí não vale a pena irmos comprar ações nacionais e na Bolsa Nacional com muita pena minha.

Mas para ganharmos alguma coisa que se veja, a experiência diz-me que tem de ser na bolsa norte-americana, não há outra forma de começar de uma forma que se veja. Não há outra forma senão começar na bolsa norte-americana.

Mas há várias formas de investir sem ser em ações. A minha recomendação, que vale o que vale, não tem de a seguir, é que não comece com ações individuais. Porquê? Porque estas respostas que as pessoas me deram revelaram que muitas pessoas procurariam, e como é natural que aconteça, ações consideradas seguras e que estejam baratas. Isto também deve ser porque nos habituámos a ver os filmes de Hollywood, tipo Lobo de Wall Street, que isto é só comprar e vender ações.

Além disso, quando se fala sobre isto nas notícias, o que se diz é que as ações de X desceram, as ações de Y subiram, isto e aquilo. Portanto, a nossa mente financeira está direcionada para interpretar bolsas e mercados com ações de empresas de que ouvimos falar.

Ora, por aquilo que fui aprendendo, isso é um erro absoluto de iniciante. E porquê? Porque não temos ainda maturidade nem conhecimentos suficientes para analisar ações individualmente. Então, qual é o segredo para começar com alguma moderação e segurança? É diversificando, comprando produtos relacionados com a Bolsa, mas que não são ações individuais.

Ou seja, vamos comprar não uma ação, mas um cesto com muitas ações, em que há alguém profissional a decidir quais são as ações que entram em cada um desses cestos. Isto já nos facilita enormemente a vida e tira-nos uma ansiedade de cima que é completamente desnecessária.

Então, o que é que sugiro sempre? Duas coisas para começar e que são duas coisas que se complementam. Portanto, fazer um fundo PPR, que tem logo as vantagens fiscais, à entrada e à saída. À entrada porque depois pode descontar no IRS se não mexer nesse PPR até à reforma, ou em situações muito específicas, e depois à saída porque passados oito anos só paga 8% sobre as mais-valias.

Há fundos PPR que têm quase 100% de ações ou até mesmo 100% de ações. Tem aqui um bocadinho o melhor dos dois mundos, porque tem a fiscalidade dos PPRs, é um produto nacional, é vendido por entidades nacionais com apoio ao cliente nacional e isto não é de desvalorizar para quem começa.

Como vê, investir nos mercados e nas bolsas é tão simples quanto fazer um fundo PPR. Atenção, não é um seguro PPR! Esses é nas seguradoras, os bancos também vendem e têm capital garantido, mas isso não é investir nas bolsas ou nos mercados para aproveitar os saldos. Esses têm garantia de capital, portanto, quer subam muito, quer deixam muito, será sempre um resultado miserável.

Mas pode fazê-lo se achar que se adequa mais ao seu perfil. Investir em mercados e bolsas não é para todos, é só para quem quer de facto começar a perceber como é que isto funciona. Então, se fizer um fundo PPR, já se pode considerar uma pessoa que investe. É um investidor português.

Isto é extraordinário, porque vai passar a fazer parte de um grupo muito pequenino de portugueses que investem em mercados internacionais ou nacionais conscientemente. Não é por engano, o banco não o enganou, não lhe disse que era uma coisa e depois afinal era outra. Não, vai investir porque quer.

Esta mudança de mentalidade é uma coisa absolutamente fantástica. Senti essa diferença na minha vida e acho que se vocês quiserem também podem sentir um bocadinho esse gostinho pelos investimentos.

Mas agora muitos de vocês estão a perguntar-se: mas qual PPR e a quem é que vou perguntar qual é o melhor PPR? Perfeitamente lógica essa pergunta. Aquilo que sugiro é que vão ao Google e procurem as palavras “melhores fundos PPR”.

Vão encontrar muitos artigos patrocinados pelas próprias empresas que gerem esses fundos, portanto, vão ter de usar aqui um pequenino filtro. Seja como for, o meu objetivo é que comecem a ouvir nomes de PPRs e nomes de instituições que têm esses PPRs.

Há instituições, há gestoras de fundos e corretoras que só têm um PPR. Por exemplo, a Casa de Investimentos só tem um PPR, que é o Save and Grow, que tem 100% de ações praticamente. A Golden SGF tem vários PPRs, nomeadamente o PPR Stoik. que é também um dos que tenho. Têm a Optimize, que também tem cinco, seis, sete, oito PPRs diferentes, cada um deles com percentagens diferentes de ações.

Há um agressivo que tenho que tem praticamente também 100% de ações. Há outros PPRs que são mais moderados com 50% ou 60% de ações. No Banco Invest tem o PPR Alves Ribeiro, que é o mais famoso em Portugal, que também anda ali nos 50% entre obrigações e ações e depois há vários outros bancos que também comercializam fundos PPR, como a Caixa Geral de Depósitos, o Novo Banco, o ActivoBank, o Banco Best e o Banco Big.  

O que tem de perceber é que há muitos PPRs, mas os melhores em Portugal em termos de rentabilidade serão talvez uns 20, o que também não é nada de extraordinário. Pense desta forma: fala como se estivesse a escolher um carro. Portanto, já sabe que quer comprar um carro, já que quer a gasolina, a diesel ou um elétrico e, por isso, a sua primeira seleção está feita. Com isto é igual, já sabe que quer um PPR, sabe que quer um Fundo PPR e agora só resta escolher a instituição onde quer fazer o PPR.

Para vos facilitar a vida, se forem a contaspoupanca.pt e selecionarem, no menu em cima, a secção “investimentos” e depois escolherem “PPR”, nessa categoria vão encontrar sempre um artigo mensal com os meus 13 PPRs, que faço para perceber como eles funcionam, como é reagem nestas crises e nas alturas em que há um grande crescimento.

Portanto, se olhar para esses 13, já tem uma pré-seleção, sendo que não estou a desmerecer nenhum dos outros que não está nessa lista. Porque muitas vezes o critério para um deles não entrar, e também serão bons PPRs, é porque pediam muito dinheiro logo para a primeira transferência, porque tinham comissões que eu achava demasiado altas ou porque tinha de abrir conta num banco e eu não queria pagar comissões nesse banco só por ter lá uma conta aberta. Mas isso não faz desses PPRs maus PPRs, ok?

Depois de queimar algumas pestanas, porque tem de ser, não há outra maneira, vai escolher um fundo PPR, vai transferir para lá dinheiro e depois todos os meses vai pôr mais 30 euros, 50 euros, 100 euros, 200 euros, 300 euros, aquilo que entender para atingir os seus objetivos.

Porque ao olhar para a ficha técnica de cada um desses PPRs, tem lá quanto é que eles cresceram ou desvalorizaram nos anos anteriores, além da média do último ano, a média dos últimos três anos, a média dos últimos cinco anos e a média desde o princípio. Isto já lhe pode dar uma perspetiva daquilo que poderá vir a receber no futuro quando resgatar esse PPR.

Se vier a resgatá-lo, porque pode tirar só apenas pequenas partes à medida que for precisando do dinheiro. É outra opção. O investimento é fazer dinheiro com o nosso dinheiro. É esta a minha definição. É, com algum risco, ter a possibilidade de ganhar dinheiro com o meu dinheiro.

Mais atrás disse que tinha duas alternativas e que se complementam. Então, além dos fundos PPR, tem os ETFs, que é o segundo produto que acho que é muito fácil de compreender, mas que lá está, não há ninguém a gerir aqueles valores. é apenas uma unidade de participação, ou seja, compra um pedacinho de uma pizza, sendo que a pizza é um conjunto de ações que foi escolhida por alguém, mas que não andam nem a tirar nem a pôr.

Neste sentido, a aposta é no SP500, que é o índice que segue a evolução das 500 maiores empresas dos Estados Unidos, sejam elas quais forem, nem tem de pensar em quais é que elas são.

Compra 100 euros, vamos imaginar, desse ETF SP500, abre uma conta numa corretora – isso é absolutamente imprescindível e há um episódio que explicacomo escolher uma corretora–, mas pode pesquisar mais sobre corretoras como a Trade Republic, DeGiro, XTB, Trading212, (a Freedom 24 interrompeu temporariamente a atividade de marketing em Portugal), etc., há várias.

Além das corretoras low-cost, tem alguns bancos nacionais que também vendem ETFs, como o ActivoBank, o Banco Best, o Banco Big, o Banco Carregosa, a Caixa Geral de Depósitos, etc.  

Então o que é que faz depois de escolher o sítio onde vai abrir a conta para comprar os seus ETFs? Escolhe um ETF que seja em euros e que seja acumulativo, mais uma vez tem outro episódio a explicar como é que se escolhe um ETF, e só tem é de, num dia qualquer da sua vida, decidir carregar no botão comprar. É só isto.

A partir do momento em que carrega no botão para comprar, esse será o seu ponto de referência para o resto da sua vida quando falamos de investimentos, porque é a partir desse dia que o seu dinheiro vai valorizar ou desvalorizar.

Não interessa se cresceu 80% nos últimos cinco anos, é a partir desse dia em que começou a investir que vai começar a crescer o seu dinheiro. E esse valor vai variar minuto a minuto, segundo a segundo. Por isso é que os analistas, eu e muitos outros, estamos sempre a dizer que agora é uma boa altura para comprar, porque o valor desse pedacinho que vai comprar agora está barato face ao passado.

Portanto, agora a nossa expectativa é que assim que voltar ao normal, porque já lá esteve, não é uma impossibilidade, volte a valorizar. Só tem de começar a sua viagem enquanto investidor. Pegue em 100 ou 200 euros, abra conta numa corretora e compre o seu primeiro ETF SP500, mesmo que faça disparates na primeira compra. Não interessa, é como se estivesse a comprar um curso. Não há outra maneira de aprender a não ser pôr as mãos na massa. Parece uma piada, mas não é.

E a mesma coisa com um fundo PPR. Tome a decisão, transfira o dinheiro e estabeleça o valor com que quer começar. Depois vai começar a olhar para o home banking dos ETFs e para o home banking dos fundos PPR e vai começar a ver como é que a realidade, seja ela qual for, positiva ou negativa, afeta o dinheiro que lá pôs. É a única maneira de começar a investir.

É começar. De preferência lendo primeiro, falando com pessoas que percebem e por favor não se meta em coisas do Facebook, do Instagram e com youtubers porque muitos deles, não digo todos, mas muitos deles estão lá para ganhar dinheiro consigo, recebem comissões por você abrir no sítio em que eles dizem e às vezes são coisas que até são burla.

A opção é sempre uma instituição que esteja registada nas várias autoridades nacionais e internacionais competentes.

Muito obrigado por me ter acompanhado em mais este episódio do podcast, é um privilégio saber que está desse lado.

Boas poupanças!

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