Investimentos

Como subscrever Certificados de Aforro sem ter de ir aos Correios a partir de 10€ - TUTORIAL

Os Certificados de Aforro continuam a bater recordes. Milhares de famílias colocam as suas poupanças na ferramenta de poupança do Estado, apesar de haver produtos mais rentáveis. Mesmo assim são uma das ferramentas mais acessíveis. Nesta reportagem em vídeo do Contas-poupança, vamos mostrar-lhe como pode subscrever - em poucos segundos - os Certificados de aforro pela internet ou pelo telemóvel em vez de ter de ir ao Correios.

Como subscrever Certificados de Aforro sem ter de ir aos Correios a partir de 10€ - TUTORIAL

Para reforçar Certificados de Aforro não precisa ir aos Correios

Antes de mais, é importante relembrar que para abrir uma conta aforro tem de ir a primeira vez presencialmente a uma estação dos Correios com um mínimo de 100 euros. Depois disso já pode fazer o que lhe vamos mostrar a seguir. Tem uma opção inteiramente digital (através do banco BIG, em que pode abrir a conta digitalmente sem ter de ir pessoalmente aos correios, mas tem de avaliar primeiro as condições de abertura da conta no banco BIG).  

O primeiro passo é ir a aforronet.igcp.pt, registar-se com o número da conta aforro que lhe deram nos correios, criar um nome de utilizador e receber uma password. Depois disso, pode a qualquer hora do dia ou da noite, a qualquer dia da semana, reforçar os seus certificados de aforro, com novas subscrições e consultar aquilo que nós temos ou até resgatar certificados que já tenhamos.

Pode ver ou rever o TUTORIAL em vídeo nesta reportagem, que foi emitida no Jornal da Noite, na SIC no dia 5 de março de 2025. Explico as 3 formas de subscrever online Certificados de aforro: na página aforronet, na app dos CTT e na página e app do banco BIG.

Apesar de não serem o produto de poupança mais rentável em Portugal, com esta reportagem quero mostrar que é muito fácil subscrever valores pequenos com muita regularidade, em vez de deixar o seu dinheiro parado na conta à ordem. Cada vez que tiver 10 euros parados sem sabem o que lhes fazer, pelo menos ponha-os a render em Certificados de aforro. E também uma excelente alternativa a ter o dinheiro dos seus filhos parado em mealheiros que até podem ser bonitos e engraçados, mas que estão a fazer "apodrecer" o dinheiro dos miúdos. E basta ter um telemóvel.

Ganhe pelo menos o valor da inflação

Recordo que os Certificados de Aforro vão continuar, em Março, a render a taxa de juro base que não pode ultrapassar os 2,5%. Neste momento, a Euribor a três meses, utilizada para calcular as taxas de juro deste produto financeiro, ainda continua acima dos 2,5% (2,523%), mas cada vez mais próxima de baixar desse valor.

Mantendo-se a tendência de quebra, é provável que em abril os Certificados de Aforro possam já não render a taxa de juro base de 2,5%, dada a evidente descida da Euribor a três meses.

De referir que 2,5% é a percentagem de juros que qualquer cidadão que subscreva a Série F vai receber enquanto a Euribor a três meses se mantiver acima dos 2,5%. Contudo, o valor total de juros recebidos pode variar consoante os prémios de permanência.

No entanto, isto não significa que os aforristas devam desistir dos Certificados de Aforro ou retirar dinheiro que lá tenham investido. Apesar das quebras, este continuará a ser um dos produtos mais vantajosos com capital garantido, em comparação com a média dos depósitos a prazo

Quem tem Certificados de Aforro subscritos há mais tempo começa a ter direito a prémios de permanência. Por exemplo, quem entre no segundo ano de subscrição já tem direito a um prémio de permanência de 0,25%, que acresce à taxa de juro base.

Isto é, ainda que a taxa de juro base desça dos 2,5%, pode ser de alguma forma compensada pelos prémios de permanência. No entanto, há sempre o risco de perder dinheiro para a inflação, pelo que investimento noutro tipo de produtos financeiros que rendam mais é aconselhado.

Em média, os depósitos a prazo já rendem menos que os Certificados de Aforro desde o ano passado. Em outubro de 2024, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo tinha caído pelo décimo mês consecutivo, ficando pelos 2,39%, valor inferior à taxa de juro base de 2,5% garantida pelos Certificados de Aforro.

Disponível online, livrarias e supermercados.