
Certificados continuam em alta
Este é o quarto mês consecutivo de crescimento dos Certificados de Aforro, com um aumento líquido de 1.082 milhões de euros em relação a janeiro de 2024 e uma subida de 381 milhões de euros face a dezembro. Trata-se do montante mais elevado desde o início da série estatística do BdP, em 1998. É a prova - na minha opinião - da extraordinária falta de literacia dos portugueses. Com tantas alternativas mais rentáveis, escolhemos sempre o mais seguro e mais simples, para não ter trabalho nem ter de fazer muitas perguntas.
O que explica o crescimento dos Certificados de Aforro
Depois da forte adesão em 2023 devido à alta das taxas Euribor, os Certificados de Aforro perderam algum encanto quando, em junho, a série E foi substituída pela série F, com uma taxa de juro mais baixa. No entanto, os aforradores voltaram a este instrumento, possivelmente motivados pela segurança que oferecem e pela alternativa menos atrativa dos Certificados do Tesouro.
Os Certificados do Tesouro (CT), por sua vez, continuam a perder terreno. Em janeiro, o montante investido caiu para 9.587 milhões de euros, menos 155 milhões que em dezembro e uma quebra de 11,5% em comparação com o ano passado. Desde outubro de 2021, quando atingiram o pico de 17.856 milhões de euros, os CT têm vindo a perder procura de forma contínua. Se os tem, resgate-os e coloque esse dinheiro em ferramentas mais rentáveis.
Seguros, mas com baixa rentabilidade
Os Certificados de Aforro continuam a ser uma das formas mais seguras de poupança, especialmente para quem prefere evitar a volatilidade dos mercados financeiros. Mesmo com taxas de juro menos apelativas do que no passado, a simplicidade e a segurança deste investimento continuam a atrair os portugueses.
Para quem pretende poupar sem grandes riscos, deve analisar as condições atuais dos Certificados de Aforro e perceber se fazem sentido na sua estratégia financeira. Ainda rendem 2,5% nesta altura, mas devem baixar nos próximos meses.
Para ganhar dinheiro com o seu dinheiro (acima da inflação), terá de optar por ferramentas sem capital garantido como:
- Fundos PPR
- Fundos de investimento
- ETF
- Ações
- Outras.
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