Nada vai mudar no mês de dezembro para quem tem Certificados de Aforro ou está a pensar subscrevê-los. A taxa de juro base, que não pode ultrapassar os 2,5%, mantém-se uma vez que a Euribor a três meses, utilizada para calcular as taxas de juro deste produto financeiro, ainda continua acima dos 2,5%(2,994%).
No entanto, a tendência de descida das Euribor tem sido evidente nos últimos meses, pelo que eventualmente os certificados de aforro poderão deixar de render o juro base máximo de 2,5%.
De referir que 2,5% é a percentagem de juros que qualquer cidadão que subscreva a Série F vai receber enquanto a Euribor a três meses se mantiver acima dos mesmos 2,5%. Contudo, o valor total de juros recebidos pode variar consoante os prémios de permanência.
As Euribor a seis e 12 meses já estão abaixo dos 3% e a taxa a três meses já registou em novembro, até à data de hoje, três diascom valores abaixo dos 3%.A tendência de descida continua e a o prazo de três meses está cada vez mais próximo de se fixar permanentemente em valores mais baixos.
Se tem este produto financeiro ou pretende adquirir, fique atento e acompanhe os valores da Euribor no Contas-poupança. Por enquanto, ainda são uma boa opção para quem procura um investimento sem risco e em que o capital está sempre garantido.
Depois de já terem estado a render uma taxa máxima de juros de 3,5% na Série E, o interesse dos aforradores diminuiu quando o Governo decidiu suspendê-la e pôr em circulação a atual leva de Certificados de Aforro, a Série F, com uma taxa de juro base máxima de 2,5%, à qual se acrescentam os prémios de permanência.
A Série F, posta em circulação a 5 de junho de 2023, tem estado sempre a dar aos aforradores a taxa máxima de 2,5% devido aos valores elevados da Euribor a três meses que se fizeram sentir por muito tempo. No entanto, como poderá ver no gráfico abaixo, a tendência é para descer, ainda que lentamente.
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No gráfico seguinte, pode observar o comportamento da taxa de juro base dos Certificados de Aforro no último ano e também da Euribor a três meses. A trajetória dos certificados é cada vez mais uma linha descendente.
Valor em Certificados de Aforro volta a subir depois de 11 meses em queda
Apesar da tendência de descida que se verifica na Euribor a três meses, os aforradores voltaram a mostrar interesse em Certificados de Aforro (CA). Depois de 11 meses em queda, o valor aplicado em CA superou os 34 milhões de euros, o montante mais elevado de sempre, de acordo com dados do Banco de Portugal.
O renovado interesse dos aforradores poderá estar relacionado com as novas regras sobre os valores máximos que os particulares podem investir nos títulos de dívida pública, que entraram em vigor no início de outubro. Na Série F, atualmente em comercialização, os montantes máximos subiram de 50 mil para 100 mil euros.
O facto de os juros nos depósitos a prazo continuarem a baixar é outro fator que contribui para uma maior atratividade dos CA.