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Euribor | Acompanhe a evolução semanal das taxas

As Taxas Euribor têm vindo a descer de forma mais expressiva nos últimos meses, embora ainda com alguma lentidão. As taxas a 12 e seis meses já estão abaixo dos 3% desde setembro e outubro, respetivamente. A taxa a três meses continua a descer, mas é incerto se vai ficar abaixo dos 3% já este mês ou não. Todos os fins-de-semana fazemos o balanço da evolução das Euribor para ficar a saber se a sua prestação vai subir ou descer.

Euribor | Acompanhe a evolução semanal das taxas

Os valores das Taxas Euribor são publicados diariamente e os prazos de três, seis e 12 meses são particularmente importantes para compreender a evolução do valor das prestações de quem tem crédito à habitação.

Para que possa manter-se a par da evolução das Euribor ao longo do tempo e chegar ao final do mês já com uma ideia do que se vai passar com a prestação da casa, o Contas-poupança vai calcular a média semanal de cada um dos prazos.

Neste momento, as taxas a 6 e 12 meses já registam valores abaixo dos 3% - desde setembro e outubro, respetivamente -, algo que não acontecia há mais de um ano e meio. No passado dia 15 de novembro, a Euribor a três meses ficou, pela primeira vez desde março de 2023, abaixo dos 3%, abrindo a possibilidade de a média no final do mês ficar também abaixo dos 3%.

No entanto, a taxa a três meses não voltou a ficar novamente abaixo dos 3% desde dia 15, pelo que é possível que a média final do mês de novembro não tenha ainda todos os três prazos abaixo dos 3%.

Na verdade, embora a tendência continue a ser de descida, neste momento a média mensal está nos 3,030% no prazo a três meses, tornando mais improvável que desça da casa dos 3% a cinco dias de fechar os números da Euribor deste mês.

Evolução das Euribor entre 18 e 22 de novembro

Nos últimos cinco dias, a média das Euribor a seis e 12 meses mantiveram-se abaixo dos 3%, fixando-se, respetivamente, em 2,757% e 2,465%. Já a taxa a três meses, registou uma média semanal de 3,008%.

No gráfico seguinte, que mostra a evolução das Taxas Euribor desde janeiro de 2023, a curva descente torna-se cada vez mais evidente.

O que dizem as previsões?

Esta semana também ficou marcada por mais um marco na história das Taxas Euribor. No passado dia 19, a taxa a 12 meses atingiu um mínimo anual (2,432%) e um recorde sem precedentes nos 25 anos de existência do índice: uma diferença de 81,8 pontos base em relação à taxa de depósito do Banco Central Europeu (BCE), que atualmente está em 3,25%.

Ora, de acordo com o jornal espanhol El Economista, esta acentuada diferença pode indicar que os mercados estão a prever uma redução mais forte das taxas do BCE ao longo dos próximos meses.

De facto, as "trocas" financeiras, ou swaps, indicam para uma descida das taxas dos atuais 3,25% para 1,75% até outubro do próximo ano e apontam ainda a possibilidade de seis cortes nos juros ao longo das próximas oito reuniões do BCE.

Esta diferença recorde de 81,8 pontos base reforça a expectativa de que os próximos cortes aconteçam de forma mais rápida e acentuada do que se previa inicialmente. A confirmar-se essas previsões, quem tem crédito à habitação pode esperar mais algum alívio.

Bonificação dos juros termina no fim do ano

A bonificação dos juros do crédito à habitação, ou seja, o mecanismo de apoio que o anterior governo criou para ajudar as famílias a pagar as prestações do crédito à habitação, vai terminar no fim do ano e não vai ser renovado.

Apesar de 2024 estar muito perto do fim, as famílias contavam ainda com mais dois meses - novembro e dezembro -, de apoio, mas os sinais mais fortes de descida da Euribor a três meses criaram algumas dúvidas sobre o assunto esta semana.

Se no final deste mês as Euribor estiverem todas abaixo dos 3% - o que considerando os números atuais poderá não acontecer -, as famílias que recebiam o apoio do Estado poderiam vir a perdê-lo ainda antes do prazo da medida terminar.

Se por acaso esta situação vier a acontecer ainda antes do final do ano, cerca de 20 mil famílias terão fim antecipado da bonificação de juros.

O que é que isto significa para a sua prestação do crédito à habitação?

Significa que na data em que a sua prestação for revista (a cada 3 meses, a cada 6 ou a cada 12 meses, com início na data da escritura) o cálculo das próximas 3, 6 ou 12 prestações, a taxa de juro total seguinte será a média mensal da Euribor respectiva do mês anterior à revisão + o spread que contratou com o seu banco.

Ao olhar para estas médias acima, deve somar o seu spread e fica logo a saber qual é a taxa de juro que pode esperar no seu crédito à habitação. É mais simples do que parece.

Disponível online, livrarias e supermercados.