O preço mediano dos 41 608 alojamentos familiares transacionados, no segundo trimestre do ano, foi 2065 euros por metro quadrado (euros/m2), mais 19% que no mesmo período de 2024 e depois de um aumento de 18,7% no trimestre anterior, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O destaque que diz respeito aos preços da habitação ao nível local, publicado esta quarta-feira pelo INE, refere ainda que o número de transações de alojamentos familiares em Portugal subiu 15,6% face ao mesmo trimestre do ano passado.
O preço mediano da habitação aumentou, em relação ao mesmo período de 2024, nas 26 sub-regiões NUTS III - entidades Intermunicipais, como as comunidades intermunicipais e as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto -, com destaque para o Baixo Alentejo. Esta foi a sub-região com maior crescimento (38,7%).
As sub-regiões da Grande Lisboa, Algarve, Península de Setúbal, Região Autónoma da Madeira e Área Metropolitana do Porto apresentaram preços medianos da habitação mais elevados.
Na Grande Lisboa e na Área Metropolitana do Porto, o preço mediano das transações efetuadas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro superou, em 61,9% e 29,0%, respetivamente, o preço das transações por compradores com domicílio fiscal em território nacional.
Gaia e Coimbra lideram subidas
No segundo trimestre, os preços aceleraram em 19 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, com Vila Nova de Gaia e Coimbra a liderar as subidas, avançou o INE.
De acordo com as estatísticas relativas ao segundo trimestre do ano, os municípios de Lisboa (4865 euros/m2), Cascais (4346 euros/m2), Oeiras (4161 euros/m2), Porto (3309 euros/m2), Odivelas (3219 euros/m2) e Almada (3101 euros/m2) registaram os preços da habitação mais elevados.
Ao longo do segundo trimestre, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes da Grande Lisboa, Península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto - com exceção de Santa Maria da Feira e Gondomar -, registaram preços medianos de habitação acima do valor nacional, que se fixou em 2065 euros/m2.
Do conjunto de 17 municípios, apenas seis apresentaram taxas de variação homóloga inferiores à nacional (19,0%): Setúbal (18,5%), Matosinhos (17,2%), Odivelas (16,6%), Lisboa (11,4%), Porto (9,2%) e Cascais (8,8%).
O Funchal apresentou preço mediano superior à referência nacional (2928 euros/m2 e 7,2%), embora a taxa de variação homóloga tenha sido inferior.
Os municípios de Porto e Lisboa registaram acréscimos de 4,9 pontos percentuais (p.p.) e 4,2 p.p. nas taxas de variação homóloga do primeiro trimestre para o segundo trimestre de 2025, respetivamente.