A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação voltou a descer em setembro para 3,228%, menos 7,9 pontos base em relação ao valor registado em setembro, revelou na sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Depois de ter atingido o pico em janeiro do ano passado, a taxa de juro tem vindo a descer consistentemente desde então. O mês passado foi o 20º mês consecutivo de quebras e também o que registou o valor mais baixo desde junho de 2023.
Relativamente aos empréstimos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro implícita baixou para 2,873%, menos 1,0 pontos base do que em agosto.
Prestação média desceu
A prestação média do total de créditos à habitação foi de 393 euros no mês passado, menos um euro face a agosto. Em comparação com setembro do ano passado, são menos 11 euros.
Dos 393 euros de prestação média registada no mês passado, 195 euros destinaram-se ao pagamento de juros, ou seja, 49,6% do montante total. Os restantes 50,4% dizem respeito ao capital amortizado (198 euros). No mês passado, e pela primeira vez desde maio de 2023, a parcela relativa a juros teve um peso na prestação média inferior a 50%.
No que diz respeito apenas aos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação em setembro foi de 666 euros, mais 15 euros do que em agosto. Em relação a setembro de 2024, trata-se de uma subida de 7,1%.
Capital médio em dívida continua a aumentar
Ao contrário do que tem vindo a acontecer com a taxa de juro implícita e a prestação média, o capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação aumentou 634 euros em setembro, atingindo os 73 496 euros.
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi de 163 761 euros, ou seja, mais 2440 euros face a agosto.