
De vez em quando, partilho convosco as minhas aventuras enquanto consumidor. Em junho, fiz exatamente esta compra, mas no Pingo Doce. Este fim de semana foi no Continente.
Muitas famílias acham que para poupar é preciso comprar coisas baratas e, infelizmente, de menos qualidade. Isso só acontece se não tivermos o nosso radar ligado. Muitas das melhores compras que faço são de produtos de qualidade (espero eu) quando estão a um preço muito abaixo do que os concorrentes mais baratos. Nessa altura, aproveito para comprar em quantidade e guardo. Estão a ver a importância de poupar no dia a dia para ter um “fundo de oportunidade” para usar quando surgem estas situações?
Lombos de salmão mais barato do que fiambre
Em casa consumimos muito salmão. Mas há um problema: o salmão é caro. NOTA: sei que este salmão é de aquacultura (há sempre alguns puristas mais sensíveis) mas não tenho dinheiro para comprar sempre selvagem. O preço habitual é 13, 14 euros ou mais por quilo. Depois, os preços variam também conforme o corte: posta, filete ou lombo. A posta ainda é a mais barata e os filetes e os lombos custam normalmente quase o dobro (os lombos de salmão chegam a ser vendidos a 28 €/kg). Este domingo, estavam a 22 euros o quilo.
Habitualmente, compro postas de salmão quando estão em promoção (9 ou 10 euros para mim é um preço razoável). Mas este domingo passei pela peixaria e vi que o salmão inteiro estava com uma promoção a 6 €/kg (5,99 €).
A poupança do “comprar inteiro”
Para além da técnica clássica de comprar apenas quando o preço por quilo/dose/litro é aceitável, acumulo com a técnica do “comprar inteiro” e pedir para dividir como eu quero. Foi o que fiz imediatamente. Não deixo escapar estas oportunidades.
Como podem ver nas fotos, na mesma banca da peixaria, tinha filetes de salmão a 22 €/kg, e salmão inteiro a 5,99 €/kg. Qual escolheria?
Como comprar lombos de salmão com 70% de "desconto"
Muitas pessoas têm vergonha de comprar um peixe inteiro e pedir para cortar como eu quero. Vergonha?! De quê?!
Com este preço muito bom, pedi um salmão inteiro, cortados em filetes e depois cortei em lombos em casa. Pedi também para levar as cabeças e a espinha à parte. Vai dar uma excelente massada de peixe. É mais uma refeição que me vai sair de “graça”.
Comprei um salmão de 3 quilos. Vai dar para várias refeições. Já o congelei em porções individuais.
O que lhe quero dizer é uma lata de atum em conserva é mais cara do que o preço destas doses e o fiambre está mais caro do que este salmão. E quando dizemos que não compramos peixe porque está mais caro do que a carne, é uma questão de estarmos atentos a estas e outras oportunidades. Ninguém me obriga a comprar salmão a 22 euros o quilo.
E se no Continente estiver caro, aproveito uma promoção do Pingo Doce, do Lidl, do Auchan, do Aldi, do Minipreço, enfim, creio que já percebeu. Eu é que decido o que quero comprar, por quanto, onde e quando. Se nos empoderarmos enquanto consumidores, podemos viver melhor com o mesmo dinheiro. Este foi só um dos muitos exemplos desta estratégia que sigo há anos.
Faço o mesmo com a carne. Como poderá ver numa reportagem do Contas-poupança que fiz, se posso comprar um frango inteiro a 2 euros (que tem dois peitos e duas pernas), porque é que vou comprar dois peitos de frango a 7 €/kg?