
Tarifários indexados voltam a ser uma opção - Esteja atento
Tinha prometido que avisava quando os tarifários indexados de eletricidade voltassem a compensar. Cá estou eu!
Se bem se lembra, durante quase dois anos valeu muito a pena e teve poupanças enormes por ter este tipo de tarifário. Depois - desde o verão do ano passado - deixou de compensar e "aconselhei" as pessoas a saírem desse tarifário até nova indicação. Neste momento, alerto-o que, pelas minhas contas, os tarifários indexados voltam a ser uma opção a considerar, mas deve aguardar pela confirmação da tendência em Abril. Pode ter sido apenas um mês excecional, mas com as barragens completamente cheias com as chuvas de março, creio que a tendência será para manter.
Para quem não sabe do que estamos a falar, há dois tipos de tarifários de eletricidade: um em que paga um tarifário fixo pelo kWh e outro em que o preço é variável todos os meses, conforme o preço a que as empresas compraram a eletricidade nesse mês- seja caro ou barato - e acrescentam uma margem de lucro fixa. O tarifário indexado vale a pena quando a eletricidade está barata, mas deve sair dele quando a eletricidade (no mercado "abastecedor") está cara.
Aviso também que alguns consumidores achavam que estavam a poupar nos tarifários indexados porque olhavam para a fatura, mas esqueciam-se de somar as Tarifas de Acesso às Redes (TAR) ao preço do kWh que viam na fatura. Ou seja, devem somar sempre mais 6 cêntimos ao preço da energia.
A ideia é estarmos sempre atentos, para reorganizamos a nossa vida - de acordo com as alterações nos mercados - e gastarmos sempre o menos possível. Ser um consumidor informado é isto: agir de acordo com as circunstâncias.
Se não sabe o que é um tarifário indexado de eletricidade, leia este artigo (foi escrito quando compensava bastante).
O indexado voltou a ser dos mais baratos em março
A média de março, já com o mês completo, ficou nos 52 euros o MegaWatt/hora (metade do mês anterior). Com esta descida, o preço final do indexado foi de 13,8 cêntimos o kWh. Ou seja, já equiparado aos fixos mais baratos (14 cêntimos) e abaixo do regulado (16 cêntimos).
Seja qual for a sua situação, tente primeiro renegociar os preços junto da sua própria empresa. Por exemplo, algumas empresas baixam os preços a alguns clientes que pedem. Pode ler aqui o exemplo que tive com uma. Quase todas as empresas fazem isso, se ameaçar mudar de empresa e mostrar que há preços mais baixos na concorrência.
Num artigo que irei publicar nos próximos dias, farei a lista das 10 empresas mais baratas este mês.
Não se esqueça de que deve levar em conta também o preço da potência contratada. Pode alterar estas contas, sobretudo para quem tem consumos muito baixos. Mas continuo a insistir que, na minha opinião, deve levar em conta sobretudo o preço do kWh como critério principal, porque é o que mais pesa na fatura.
Mudem sempre que encontrarem um kWh mais barato noutra empresa. Faça as suas contas.
Para encontrar as empresas que têm tarifários mais baratos use o simulador da ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) ou pesquise no Google “tarifários eletricidade”, contacte as empresas e compare o preço do kWh que está a pagar na sua fatura com os preços que lhe oferecerem. São elas que tratam da passagem da sua empresa atual para a nova. Não tem de fazer nada. Não tenho ligação a nenhuma empresa. Você escolhe a que quiser.
Se quiser poupar, tem de estar atento e ser uma pessoa informada. E agir com rapidez assim que encontrar mais barato. Verifique regularmente os tarifários das várias empresas e compare com o que está a pagar.
O indexado pode voltar a compensar nos próximos meses. Esteja atento para decidir rapidamente para poupar outra vez. Fica o alerta.