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Preço da eletricidade no mercado regulado sobe 1% a partir de janeiro

É oficial. Quem nunca saiu da EDP "antiga" (agora SU Eletricidade), vai ter um aumento de 1% na fatura de eletricidade em 2026. Estamos a falar de aumentos de poucos cêntimos. A grande poupança está em mudar com regularidade para a empresa no mercado livre que esteja a fazer os preços mais baixos quando decidir mudar. Pode ter poupanças de muitas dezenas ou até centenas de euros, conforme os seus consumos.

Preço da eletricidade no mercado regulado sobe 1% a partir de janeiro

kWh sobe para 16,54 cêntimos em 2026

A fatura de eletricidade para os clientes que estão no mercado regulado vai aumentar, em média, 1% a partir de 1 de janeiro, decidiu a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Trata-se de um aumento abaixo da inflação.

"No mercado regulado de Portugal continental, as tarifas transitórias de venda a clientes finais em Baixa Tensão Normal (BTN) apresentam, em média, uma variação de 1,0%, em 2026", pode ler-se.

Em 15 de outubro, a ERSE tinha apresentado a sua proposta de aumento do preço da eletricidade para as famílias do mercado regulado de 1% e a proposta foi sujeita a um parecer do Conselho Tarifário. Foi aprovada.

Mais cerca de 40 cêntimos por mês

Segundo o regulador do setor energético, a subida agora proposta traduz-se num acréscimo entre 20 e 37 cêntimos na fatura mensal, já com taxas e impostos.

A partir de janeiro, considerando uma potência de 3,45 kVA e um consumo de 1.900 kWh por ano (160 kwh/mês) para um casal sem filhos, o total a pagar será de 36,82 euros, incluindo taxas e impostos (exceto taxa DGEG -Direção-Geral de Energia e Geologia).

Já para um casal com dois filhos, com uma potência de 6,9 kVA e um consumo de 5.000 kWh/ano (400 kWh/mês), a fatura será de 95,03 euros (com taxas e impostos).

Aumento é só para quem está no regulado (SU Eletricidade)

No final de setembro de 2025, 817.000 clientes estavam no mercado regulado.

Estes preços são fixos e não mexem - em princípio - durante 2026 inteiro (pode haver alterações, mas apenas em situações excecionais). No mercado livre, cada empresa faz o preço que quer, quando quiser (desde que informe os consumidores).

"No mercado liberalizado, os preços de venda a clientes finais variam entre comercializadores e dependem da oferta comercial contratualizada pelo cliente", lembrou a ERSE.

O preço final da eletricidade no mercado regulado e no liberalizado (cujos preços variam entre comercializadores e dependem da oferta contratualizada) incluem o valor das tarifas de acesso às redes, reguladas pela ERSE.

Tarifas de acesso às redes aumentam para todos

Entre dezembro do corrente ano e janeiro de 2026, as tarifas de acesso às redes vão ter um aumento de 3,5% em baixa tensão normal (clientes residenciais). Este aumento já vai afetar todos, no mercado livre e no regulado. As empresas privadas podem é absorver - se quiserem - esse aumento, descendo o valor da energia. Ou aplicam o aumento e ponto final. E estará tudo dentro da lei.

No próximo ano, os consumidores com tarifa social vão manter o desconto de 33,8%, seja qual for a empresa que tenham contratada.

Para já, fique com esta informação: na SU Eletricidade, o preço do kWh vai ficar em 16,54 cêntimos. Recordo que tem empresas no mercado livre a fazer menos de 14 cêntimos. Estar no mercado regulado neste momento não compensa financeiramente. É a minha avaliação, mas com esta informação fará o que entender.

Disponível online, livrarias e supermercados.