Trata-se da quinta descida consecutiva da taxa de juro

A taxa de juro implícita no crédito à habitação tem vindo a cair lentamente depois de ter atingido um pico em janeiro de 2024, atingindo uma média de 4,657%. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa voltou a baixar em junho, o quinto mês consecutivo de descida, para os 4,513%, o valor mais baixo registado desde outubro de 2023.

Apesar das sucessivas descidas desde fevereiro deste ano, o INE dá conta de que os juros continuam a representar a maior parte do valor pago pelas famílias às instituições financeiras.

No passado mês de junho, a prestação média fixou-se nos 404 euros pelo terceiro mês consecutivo, sendo que a parcela relativa ao pagamento de juros representou 61% da prestação média. Isto significa que dos 404 euros de prestação média pagos pelas famílias, 245 euros serviram para pagar juros e só 159 euros para amortizar o capital em dívida.

Os dados disponibilizados pelo INE indicam também que nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro tem vindo a diminuir consecutivamente ao longo dos últimos oito meses, tendo caído para os 3,729%. O valor médio da prestação para estes contratos também baixou para os 597 euros.

No final do mês de junho, o capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação em Portugal subiu 355 euros face ao mês de maio, atingindo os 66 279 euros. Segundo aponta o INE, são mais 4,7% do que o valor registado no mesmo mês do ano passado.