Esta semana ficou marcada por dois alertas emitidos pela Autoridade Tributária (AT) e Polícia Judiciária (PJ), que informaram os cidadãos de que os nomes de ambas as entidades estão a ser utilizados em novas burlas.
A AT, através do Portal das Finanças, alertou que alguns contribuintes estão a receber e-mails falsos com links para aceder a supostas respostas do serviço e-balcão. O objetivo dos criminosos é aceder aos dados pessoais dos cidadãos.
“A Autoridade Tributária e Aduaneira tem conhecimento de que alguns contribuintes estão a receber mensagens de correio eletrónico supostamente provenientes da AT nas quais é pedido que se carregue em links que são fornecidos”, pode ler-se no aviso publicado no Portal das Finanças.
O texto do e-mail falso informa os contribuintes de que o seu pedido de informação registado no e-balcão se encontra resolvido e que a resposta fica disponível abrindo o link falso. A AT publicou um exemplo de um desses e-mails, como pode ver abaixo.
Como já aconteceu anteriormente, a AT reforça que as mensagens “são falsas e devem ser ignoradas” e têm por único objetivo “convencer o destinatário a aceder a páginas maliciosas”. Os links não devem, em caso algum, ser abertos!
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Nome da PJ também está a ser utilizado em burlas
A PJ também avisou os cidadãos de que o seu nome está a ser utilizado de forma “intensa e massiva” em burlas feitas através de chamadas telefónicas. O objetivo dos criminosos é levar os cidadãos a transferir dinheiro para contas bancárias.
O que acontece é que as pessoas são contactadas por telefone, informadas de que a sua conta bancária está em risco ou foi acedida por terceiros, levando as vítimas a escolher entre várias opções, incluindo a de falar com um suposto inspetor da PJ.
Ao escolherem esta opção, o falso inspetor da PJ irá dizer para transferirem o dinheiro das contas de que são titulares para contas supostamente seguras. Para credibilizar estes contactos os criminosos usam números de telemóvel portugueses.
Em conferência de imprensa realizada no início da semana, José Ribeiro, coordenador de investigação criminal da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica (UNC3T), destacou a utilização da inteligência artificial para a difusão dessas burlas, tendo já recebido um número “incomum de queixas”.
“Neste momento, a nossa preocupação reside numa campanha atual em que foram difundidas de forma massiva milhares de chamadas telefónicas e que tem resultado num número incomum de queixas. Só no ultimo fim de semana recebemos mais de uma centena”, referiu José Ribeiro.
O responsável garantiu que a PJ já está a trabalhar em conjunto com as operadoras para identificar estas técnicas de falsificação de identidade para obter dados, também conhecidas por “spoofing”.
Apesar das queixas recebidas, a PJ esclareceu que ainda não tem conhecimento de vítimas lesadas financeiramente.
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