CGD – Processamento da prestação da casa sobe este mês
Os vários bancos (e a CGD também) estão a aumentar as comissões para níveis preocupantes do ponto de vista do consumidor. Naturalmente que para os bancos estes aumentos são essenciais para ocnseguirem manter os seus serviços com uma qualidade aceitável.
Já vos tinha avisado no princípio de Outubro de 2019, neste artigo AQUI.
Há sempre os dois lados da moeda. Mas quem decide, em última instância, onde está o nosso dinheiro somos nós. Se há concorrência, há escolha. E quero deixar a nota, para não parecer que tenho alguma coisa contra qualquer banco, que foi a CGD que me fez a melhor proposta de crédito à habitação em 2007 e até agora ninguém me apresentou melhor. Mas isso não quer dizer que concorde com o aumento de taxas e comissões que não compreendo.
Tem aqui a prova do que vai acontecer. No meu homebanking da Caixa está claro como água. Em Abril já vou pagar o aumento.
A comissão de processamento de prestação não faz sentido
No fundo, o banco obriga-me a pagar para ele ir à minha conta buscar o dinheiro para se pagar. Quem inventou isto é um génio. E, apesar de não fazer sentido, esta comissão vai aumentar este mês na CGD. A partir de 25 de Março, vai passar de 2,50 € + 4% de imposto de selo, para 2,75 € + 4% de imposto de selo.
Feitas as contas passa de 2,60 € para 2,86 € por mês. Ao fim de um ano, este encargo representa 34,32 euros. Ou seja, para algumas famílias é o equivalente a uma fatura do gás ou da água. Ainda é dinheiro. É assim que o dinheiro “desaparece” da nossa conta. E é tudo legal.
Portanto ficam avisados de mais este aumento (não é surpresa nenhuma, está anunciado no preçário do banco desde Outubro do ano passado).
A comissão do processamento de prestação tem os dias contados
Pelo menos é a nossa esperança enquanto clientes bancários. O Parlamento aprovou em Fevereiro o fim desta comissão despropositada. Tem aqui o artigo com os detalhes dos projetos de lei que vão agora ser trabalhados em detalhe para depois ser outra vez votada e promulgada.
Até lá temos de pagar e calar. Repito que a CGD está a fazer estes aumentos de acordo com o que está previsto na lei. Avisa com 60 dias de antecedência e aumenta. O que quiser. Só isto.
Espero que o Parlamento não volte atrás. Enquanto consumidores agradecemos pagar apenas por serviços efetivamente prestados.
Boas. Esta é a do MBWAY até pode acabar, mas com toda a certeza outras vão aumentar, como por exemplo os cartões débito, crédito, etc…. e quem não pode fugir tem de aguentar com estes abusos contínuos para pagar os desvarios de gestores iluminados. Gerir assim é fácil: aumento o lucro aumentando as comissões.
…e nós de mãos atadas perante roubos descarados….é que nem todos têm a opção de largar um determinado banco 🙁
Porque não temos um povo unido que reclame e faça com que estes ” donos ” do país não faça o que quer. A entidade reguladora nada faz?
Sera possivel abordar o tema das contas do condominio nao entrarem para o IRS.
Obrigado
Olá. Em que contexto. Só entram se for senhorio… Para os outros nunca entrou. Não percebi a sua dúvida.
A Caixa Geral de Depósitos, como banco de capitais inteiramente públicos, tem uma responsabilidade acrescida nesta matéria. A Caixa deve não só constituir-se como uma referência de boas práticas para o mercado, como reger-se por princípios claros de interesse público.
A Caixa seguiu uma política de crédito desastrosa que em nada se distinguiu dos restantes bancos privados, focada no imobiliário e nas atividades especulativas.
Nos últimos anos, no entanto, os clientes têm vindo a ser confrontados com aumentos sucessivos nas comissões bancárias praticadas pela Caixa que, ao longo da última década, abandonou a sua política para alinhar com as (más) práticas de mercado.
O notório aumento das comissões na Caixa Geral de Depósitos o encerramento de balcões e a grave redução dos serviços prestados e dos trabalhadores é absolutamente escandaloso e revela que este tipo de receitas pesa hoje relativamente mais em proporção dos créditos concedidos e depósitos arrecadados.
Cabe a cada cidadão português e a cada cliente deste banco forçar o Estado, enquanto acionista da CGD exigir que a mesma se regule por critérios claros de transparência e justiça.
É crucial alterar o atual modelo de gestão que penaliza o cliente particular cumpridor e não recupera o crédito mal parado levianamente concedido.
Eu já há muito tempo que ando a reclamar dessa despesa… Basicamente desde o inicio do credito habitação no longínquo ano de 2006… Achei sempre um absurdo pagar por uma coisa na qual não havia nenhum serviço extra e a cobrança era automática… Afinal, o lucro do banco já estava embutido na prestação… É como ir ao mercado, comprar arroz que custa um euro e na caixa, cobram-me 10 centimos pelo serviço por passar na caixa, pasme-se, para pagar o arroz! Fui deixando passar até pq não era muito… Mas agora com a despesa de manutenção de conta + da despesa do credito habitação, chegam-me a cobrar cerca de 70 euros ou mais anualmente…
Estive a ler o contrato do credito habitação, e constatei que não tem nenhuma clausula que o banco obrigue-me a ter conta bancaria na CGD e a ir buscar a prestação a essa conta… Pondero reclamar e mandar buscar a prestação a uma conta bancaria de outro banco e anular a conta à ordem e assim poupar a manutenção de conta que exclusivamente uso para para pagar o credito… Não sei até que ponto eu tenho direito a exposto acima e legalmente o que o banco pode fazer para me impedir ou encarecer no credito habitação…
Pergunto se alguém sabe de alguma coisa a este respeito?
Até alguém tentar nunca se saberá. Foi assim que o Vasco descobriu a Índia :). Neste momento estou a navegar em águas desconhecidas com o meu seguro de vida, por exemplo. Atirei-me de cabeça e vou ver o que acontece.