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Salário mínimo, IRS ou subsídios em duodécimos. Que medidas do programa do novo Governo impactam a sua carteira?

Até ao final da legislatura, em 2029, o executivo pretende levar o salário mínimo para os 1100 euros, o médio para os dois mil euros e garantir que nenhum pensionista recebe menos que 870 euros.

Dinheiro, euros, salários
Dinheiro, euros, salários

O programa do novo Governo, entregue no passado sábado e discutido na Assembleia da República nos últimos dois dias, já foi aprovado pelo Parlamento. Entre as diversas medidas que constam do documento, pontos chave como salários e impostos deverão ter alterações.

Valorização de rendimentos

Por exemplo, em matéria de remunerações, o programa do Governo inclui o objetivo de aumentar o salário mínimo para 1100 euros até 2029 e de colocar o salário médio nos dois mil euros.

Ainda no campo da valorização salarial e do trabalho constam medidas como a criação de contas-poupança isentas de impostos e a possibilidade de os trabalhadores escolherem a forma como querem receber os subsídios.

O objetivo é que os trabalhadores possam voltar a decidir se preferem receber os subsídios de férias e Natal em duodécimos ou nas habituais duas 'fatias' anuais. Além disso, o programa do Governo abre portas à possibilidade de os trabalhadores comprarem dias de férias, com um limite a definir em contrato.

No que diz respeito aos reformados, as metas definidas pelo executivo preveem que, até ao final da legislatura, nenhum pensionista tenha rendimentos inferiores a 870 euros entre pensão e outros complementos.

Novas reduções no IRS

No que diz respeito ao plano fiscal, o Governo prevê uma redução de dois mil milhões de euros no IRS até ao oitavo escalão, medida que deverá ser aplicada até 2029.

"Nas próximas semanas, vamos decidir a redução de mais 500 milhões de euros no IRS, já neste ano de 2025”, revelou Luís Montenegro.

Adicionalmente, na quarta-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou uma descida de 500 milhões de euros no IRS, fora do orçamento, a aplicar ainda em 2025.

Incentivo ao trabalho e combate à pobreza

Segundo consta no documento oficial, as diversas medidas apresentadas têm por objetivo "valorizar o trabalho e o emprego e combater a pobreza", e incluem ainda a criação de uma prestação de incentivo ao trabalho.

O objetivo deste incentivo será tornar possível a acumulação de rendimentos de trabalho com apoios sociais, por forma a incentivar a transição para o mercado de trabalho, sem penalizar quem beneficia de apoios sociais. Para já, ainda não são conhecidos moldes nem datas concretas para aplicação desta medida.

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