O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta quarta-feira que a taxa de inflação homóloga acelerou para 2,3% em outubro, registando um aumento de 0,2% face ao mês de setembro.
Com arredondamento a uma casa decimal, os valores coincidem com a estimativa rápida divulgada pelo gabinete de estatística a 31 de outubro, que indica ainda que o indicador de inflação subjacente se fixou nos 2,6%, ficando abaixo dos 2,8% registados em setembro.
No que diz respeito ao índice relativo aos produtos energéticos, este situou-se nos -0,2% que comparam com os -3,5% de setembro, principalmente pela "conjugação do aumento mensal registado neste agregado (1,3%) com o efeito de base associado à redução registada em outubro de 2023 (-2,1%)", lê-se na nota divulgada pelo INE.
Quanto à variação do índice referente aos produtos alimentares não transformados, aumentou para 2,1% em outubro, depois de ter estado nos 0,9% em setembro.
Ainda de acordo com o INE, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu apenas 0,1% em outubro - a variação foi de 1,3% no mês anterior e de - 0,2% em outubro do ano passado -, tendo a variação média dos últimos 12 meses sido de 2,2%, o mesmo valor registado em setembro.
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) em Portugal apresentou uma variação homóloga de 2,6%, valor semelhante ao registado no mês anterior, mas superior em 0,6 pontos ao valor que o Eurostat estimou para a área do Euro.
Retirando da equação os produtos alimentares não transformados e os energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 3% em outubro, um ligeiro abrandamento face aos 3,3% registados em setembro. No entanto, ficou acima da taxa de 2,7% estimada para a área do Euro.
No gráfico abaixo, construído pelo INE, pode observar as variações da taxa de inflação e do IPC ao longo dos últimos 12 meses.
