Seguros

O pior seguro de vida que já vi

E o seu é dos bons ou dos maus? ESTE ARTIGO FOI ATUALIZADO AQUI Há vários anos que, em várias reportagens e artigos, vos tento alertar para a importância de saberem qual é o tipo de seguro de vida que têm associado ao vosso crédito à habitação. Se tiverem o “bom” ficam com a casa […]

O pior seguro de vida que já vi

E o seu é dos bons ou dos maus?

ESTE ARTIGO FOI ATUALIZADO AQUI

Há vários anos que, em várias reportagens e artigos, vos tento alertar para a importância de saberem qual é o tipo de seguro de vida que têm associado ao vosso crédito à habitação. Se tiverem o “bom” ficam com a casa paga ao banco se tiverem uma determinada percentagem de incapacidade (em alguns casos é só o atestado de incapacidade multiuso, mas na maioria das situações terão de ficar reformados por invalidez). Se tiverem o “mau” ficam na pior situação possível: ficam com a incapacidade, menores rendimentos e ainda têm de continuar a pagar a casa.

Claro que ninguém gosta de pensar nisto, mas alguém tem de vos alertar para esta possibilidade. Seja rico, pobre ou remediado, o imprevisto acontece a todos.

Ao longo destes anos, já são quase 10 as casas que foram “pagas” pelo Contas-poupança, porque as pessoas tinham tido essas infelicidades e não faziam ideia de que bastava acionar o seguro.

Tem AQUI nest link vários exemplos e mais alguns artigos que o ajudam a entender este assunto.

O pior seguro de sempre

Escrevo este artigo porque uma leitora contactou-me a perguntar se o seguro dela era bom ou mau. E o que é que eu descobri? Descobri a pior apólice que eu alguma vez li.

E o caso é dos mais terríveis de todos. É de um casal que – numa situação normal, com o seguro “bom” – teria claramente a casa paga.

Olá. Eu e o meu marido estamos a pagar a casa à CGD, ele tem incapacidade de 80% e eu de 76%, mas o seguro não quer liquidar o resto do empréstimo porque existe uma cláusula que diz que só estamos abrangidos em caso de morte. No entanto a minha pergunta é, será que como temos os atestados de incapacidade multiusos, podíamos ter um a redução no valor do seguro mensal?

O casal contactou a seguradora e a resposta que obtiveram é que a apólice só cobria a morte até aos 80 anos, e excluía a invalidez absoluta quer por doença, quer por acidente.

De facto, parece ser mesmo assim. Não sou mediador de seguros, nem tenho nenhuma formação nesta área, mas podem ler o mesmo que eu. É o tal IAD, mas tem ainda uma situação pior. É que mesmo esse IAD (que é ficar a piscar os olhinhos) foi excluído.

A minha pergunta é: Quantas pessoas assinaram de cruz (como eu) o seguro de vida quando fizeram o crédito à habitação e NÃO FAZEM A MÍNIMA IDEIA DO QUE ASSINARAM?

No caso deste casal, já não podem fazer nada porque a infelicidade já bateu à porta deles. Mas você, que está a ler este artigo, AINDA PODE fazer alguma coisa.

Tem de saber (caso ainda não saiba) que tipo de seguro de vida tem e ALTERÁ-LO para o ITP com as melhores coberturas que seja possível. Por favor não me peça para o aconselhar nesse aspeto. Eu sou só jornalista. Recebo dezenas e dezenas de mensagens a que não consigo (nem quero porque é uma enorme responsabilidade) responder porque tem de se aconselhar com profissionais da área que conhecem muito mais do que eu sobre seguros. O meu objetivo é alertá-lo. É você que tem de se mexer.

Informe-se

Basta ir a um mediador que encontre no seu bairro ou na sua cidade. Eles terão (suponho) gosto em ajudá-lo gratuitamente porque é o trabalho deles. A comissão que eles receberão é da seguradora que fizer o melhor preço para si. Portanto, ficam a ganhar os dois. A decisão final é sempre sua.

Em caso de dúvida vá a dois ou 3 mediadores e só assina (se tiver de mudar alguma coisa) quando tiver a certeza do que estiver a fazer.

O que lhe peço é que não seja apanhado de surpresa pelas circunstâncias. Tem na internet centenas de artigos sobre como escolher o melhor seguro no blogue Contas-poupança e em muitos outros blogues, até de mediadores de seguros. Por favor, informe-se.

Ligue para a sua seguradora e faça perguntas

Saiba o que está coberto e o que não está. Se não percebe nada disto ligue para o seu apoio ao cliente e diga apenas isto: “Queria saber se o meu seguro de vida é dos bons ou dos maus”. Eles vão perceber imediatamente a que se está a referir. E pergunte quanto pagaria a mais se mudar para o “bom”. Se for muito caro faça a mesma pergunta noutras seguradoras. É tão simples quanto isto.

Cuidado com as exclusões. No caso deste casal, nem o “mau” tinham. Dramático.



Disponível online, livrarias e supermercados.