Balanço do mês de Agosto de 2019

Foi a primeira vez em 3 anos que o mês de Agosto não foi o mês do ano com a maior produção de kWh. Mesmo assim foi o segundo melhor mês (o melhor foi Maio). Produziu 44,076 kWh, ou seja, mais de 44 mil Watts. Dava para aspirar 30 horas seguidas “de graça” com um aspirador de 1500 W, se tivesse baterias para recolher essa energia produzida pelo sol.

Como já expliquei vezes sem conta, comprar baterias custar-me-ia cerca de 5 mil euros. E eu não tenho esse orçamento. Assim, o “acordo” que qualquer um de nós pode fazer com a EDP Distribuição é consumir em tempo real o que o painel fotovoltaico produz e o que não consumir é oferecido para a EDP vender aos outros consumidores. É justo? É injusto? É o que é. É o “preço” a pagar pelo facto de em Portugal qualquer pessoa poder instalar até 6 painéis de 250 W sem ter de andar a pedir licenças e a fazer projetos para serem aprovados.

Os números de Agosto

O painel solar fotovoltaico de 250 W produziu em Agosto 44,076 kWh. Foi um Verão estranho, com mais nuvens do que o habitual. Tem aqui o gráfico dos meses.

Tem a seguir o gráfico que mostra como – dia-a-dia – tem sido um Verão com menos dias de sol. No ano passado eram quase todos os dias com a produção máxima. Em Agosto houve algumas exceções, embora poucas. E isso fez-se sentir na produção de eletricidade.

As contas

O que o painel fotovoltaico de 250 W produziu em Agosto representou 8,11 € de poupança na minha fatura da luz, se tivesse consumido tudo o que o painel produziu no mês passado. O preço do meu kWh atualmente é tarifa simples de 0,1839 (com IVA).

Se tivesse consumido tudo o que o painel produziu teria já poupado até agora 224,62 €. O retorno do investimento mantém-se nos quase 8 anos.

Compensa comprar um painel solar?

Como não consumo tudo o que o painel produz (porque não estou em casa durante o dia durante a semana), tenho estimado o meu desperdício para a rede em cerca de 25%.

Brevemente terei no meu contador de eletricidade uma porta que já pedi à minha fonecedora de eletricidade que me permitirá colocar um aparelho para medir o que entra e o que sai com todo o rigor. Depois darei notícias. Ligaram-me hoje para marcar um dia para virem cá quebrar o selo e deixar uma “porta” aberta. Vai ser outra experiência nova para mim que partilharei convosco. É uma chamada porta “HAN” (espero não estar a dizer nenhum disparate). A partir dessa porta posso usar o aparelho que eu quiser para medir os consumos sem depender do meu comercializador.

Assim, o retorno real  (o chamado break even) continua pelas minhas contas perto dos 10 anos (reais). Depois de passado esse tempo, o painel estará pago e terei pelo menos mais 15 anos de “lucro”. Veremos se é assim. Mensalmente continuarei a fazer aqui o balanço.

Para os que chegaram agora ao blogue, relembro que vivo num prédio com outros condóminos. Instalei o painel com a autorização dos outros condóminos registada em ata.

Na semana passada, fui ao telhado ver como estava o painel. Estava um pouco sujo. Passado 1 ano estava como podem ver acima. Limpei-o com um pano seco (não sei se fiz bem ou mal) e agora está outra vez como novo.

Daqui a um mês volto a fazer novo balanço. Parecendo que não, já passaram praticamente 3 anos desde que comecei a relatar-vos aqui esta pequena “aventura”. Até agora não me posso queixar. Pelo contrário. Não está nem a ser espetacular, nem uma desilusão. É como se o sol estivesse a pôr no meu porquinho mealheiro todos meses 6, 7 ou 8 euros. Sem eu fazer nada. Não me parece mal.