Balanço do mês de Janeiro de 2019
Começamos o ano de 2019 com um valor um bocadinho melhor que o de Janeiro do ano passado. Produziu quase 25 kWh. Mesmo assim quase não chegou a 5 euros de poupança na fatura da luz, se tivesse consumido tudo o que o painel produziu no mês passado. Claro que é melhor do que nada e Janeiro não costuma ser o melhor mês de sol, certo?
As contas
Em Janeiro, o painel solar fotovoltaico produziu 24,897 kWh. Para terem uma noção do que isso representa, dava para aspirar a casa de graça durante 25 horas se for um aspirador de 1.000 W (é fraquinho).
Vamos aos gráficos habituais de quem segue este blogue há vários meses ou anos. Recordo que cada kWh (1.000 watts) custa cerca de 20 cêntimos na fatura da luz.
No gráfico seguinte pode acompanhar a produção dia a dia. Alguns dias, produziu quase zero, mas já foi um bocadinho melhor do que em Dezembro.
E o desconto na fatura?
Estas são as contas de Janeiro de 2019. Se tivesse consumido tudo o que o painel produziu teria poupado na fatura da luz exatamente 4,79 euros (já com IVA).
Nestes 26 meses (já passaram mais de 2 anos) teria poupado 173,17 euros. Como investi 620 euros no painel e na instalação, neste momento o retorno do investimento está nos 7,8 anos.
A minha poupança vai baixar
Como a Endesa baixou os preços agora em Fevereiro, a minha poupança com o painel vai ser menor, mas por outro lado vou poupar mais na fatura da luz. Estou curioso para fazer as contas de Fevereiro.
Compensa comprar um painel solar?
Como não consumo tudo o que o painel produz (porque não estou em casa durante o dia durante a semana), tenho estimado o meu desperdício para a rede em cerca de 25%.
Assim, o retorno real (o chamado break even) continua pelas minhas contas perto dos 10 anos (reais). Depois de passado esse tempo, o painel estará pago e terei pelo menos mais 15 anos de “lucro”. Veremos se é assim. Mensalmente continuarei a fazer aqui o balanço.
Recordo também que há leitores que me dizem que já conseguem comprar painéis solares fotovoltaicos de 250 W com tudo incluído e pronto a funcionar por menos de 500 euros. Aí o retorno é muito mais rápido. Quando comprei eram mais caros (e os 620 euros incluem a instalação e equipamentos adicionais que adquiri).
Para os que chegaram agora ao blogue, relembro que como não tenho baterias, tudo o que não consumir em tempo real é oferecido à rede. As baterias são demasiado caras para mim. Com baterias, todo o sistema fica em cerca de 5 mil euros.
Se só chegou agora ao blogue e está interessado em mais informações sobre se compensa ou não comprar um painel solar, use o motor de busca no blogue, na coluna da direita e pesquise “painel solar”. Tem dezenas de artigos sobre esta minha “aventura”. Não sou técnico desta área. Sou apenas um consumidor curioso. E partilho a minha experiência.
Não vá na conversa de poupanças fabulosas. Há de facto uma poupança real mas muito longe do que muitos vendedores querem fazer crer. É o que estou a descobrir mês a mês. Não estou de maneira nenhuma arrependido de ter feito este investimento, mas deve fazer muito bem as contas antes de comprar um painel solar fotovoltaico.
Leia também todos os comentários de leitores/espectadores sobre o tema. Também pode tirar dúvidas no grupo de Facebook “Contas-poupança – As suas dúvidas”.
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Boa tarde
O desempenho e’ fraco porque nao tem baterias, assim perde-se mais de 80% de eficacia de ter os paineis. Nao sei quanto gasta de electrecidade, mas ficaria mais em conta gastar 5 ou 6 mil € e ter uma grande poupan¢a na fatura da luz. Sugiro que compre algumas baterias e continue com o blog, para ver se, entao vale a pena.
Abra¢o
Carlos Correia
Olá Carlos. Eu gostava… Só me faltam os 5 mil euros :). Talvez um crowdfunding?
Um crowdfunding ou um fundo de investimento. Estou disposto a contribuir com 1 euro para o crowdfunding, mas estou disposto a contribuir 10 euros para um fundo em que receba metade da poupança conseguida.
Boas;
Investir em baterias, (mesmo que sejam com tecnologia LiFe-Po4) não compensa, este é um parecer muito convicto e assumido, pois é a minha área profissional.
Enquanto os valores do kWh estiverem aos preços actuais, e considerando que vão até aos 34 cêntimos o kWh, mais as respectivas taxas e taxinhas.
As baterias de Lithium, estão ainda muito caras!
Com tendência a baixar de preços, entretanto haverá outras tecnologias a sair para o mercado residencial, mais acessíveis e com uma maior longevidade de vida útil.
Ou seja, mais possibilidades de cargas e descargas, também conhecido o termo técnico por, mais “ciclos de carga e descarga”.
As baterias só fazem sentido o investimento em sistemas totalmente ISOLADOS, sem rede eléctrica de serviço público, designado por RESP.
Onde há rede eléctrica, o melhor mesmo é utilizar sistemas fotovoltaicos com inversores que sincronizam com a RESP, e SEMPRE ajustado ao seu perfil de consumos diurnos.
Bem-haja pela sua partilha Pedro Andersson.
Cumprimentos para todos,
Viva Pedro. Deixo uma sugestão porque não um artigo relacionado com a melhor opção em relação ao aquecimento de águas sanitárias? Há claro muitas opções, termoacumuladores, esquentadores a gás, bombas de calor e claro painéis solares….acho que seria um óptimo tema e que iria interessar a muita gente….
Tenho um esquentador a gás (de botija) mas estou a pensar trocar para um termoacumulador eficiente ou até mesmo bomba de calor (investimento superior). Fica a sugestão obrigado
Obrigado. Está na lista. Ainda não sei como pegar no tema. São imensas opções…
Boa tarde para todos,
Se o Pedro Andersson, necessitar de colaboração e de pareceres técnicos vs consumos, tipos de manutenção diferenciados, custos efectivos de energia eléctrica ou gás, …
É só dizer, que terei muito gosto em poder partilhar e colaborar consigo, para que possa, como sempre prestar a todos nós o seu habitual serviço público.
Cumprimentos,
Brevemente pedirei.