Se tivesse de se reformar hoje a sua reforma seria de…
Sim, vamos dar-lhe a resposta ao cêntimo na reportagem desta quarta-feira do Contas-poupança, no jornal da Noite na SIC.
Foi, para mim, uma reportagem surpreendente. Lembro-me que desde a minha adolescência ouvia as pessoas mais velhas dizer que descontavam para a Segurança Social sobre o mínimo possível. Via muitas pessoas a “fugir” aos descontos para a Segurança Social (sobretudo quem vivia de recibos verdes) e mesmo pessoas que trabalhavam por conta de outrém recebiam o seu salário “normal” e o resto por fora, como se isso fosse uma ato de esperteza e grande inteligência.
Nunca percebi como é que “roubar-se” a si próprio seria inteligente. Se essas pessoas pegassem nesse dinheiro e o colocassem num produto de poupança a pensar na reforma ainda entenderia, mas na maior parte dos casos que conheci essa “folga” era apenas para gastar como muito bem entendessem. Eu percebia, já nessa altura, que isso um dia mais tarde lhes ia cair em cima, mas nunca tinha visto isso preto no branco, com números exatos. Se alguma vez fez isso, veja agora o resultado na reportagem desta semana. Se nunca fez isso, veja qual é a reforma que já acumulou até hoje. Provavelmente em qualquer um dos casos terá um pequeno susto, mas no primeiro caso esse susto será muito maior.
A reforma pode chegar antes da velhice, sabia?
Quando menos se espera, a nossa vida pode mudar de um momento para o outro. Muitos portugueses não percebem a importância dos descontos que fazem para a Segurança Social. Na reportagem desta semana, o Contas-poupança mostra-lhe um simulador que lhe diz qual seria a sua reforma hoje se tivesse uma doença ou acidente graves que o obrigassem a reformar-se mais cedo. E o que pode fazer com essa informação a pensar no futuro.
Para quê ter ilusões se chega -se a idade da reforma e é feita pelas contas de quem as faz. Nem se levantam da cadeira para procurar informação anterior, mandam -nos a nós ir saber. Os computadores não existiam nos anos 50 e tal. Comigo foi o que aconteceu e pediram 2 valores altos, porque faltavam descontos. Para quem trabalhou em + de 1 área, não foram arquivados juntos , escritórios comercio e produtos químicos são assuntos diferentes. E cx de Providencia e S. Social também. Até quem esteve nas ex colónias os descontos não foram retornados como chamavam às pessoas .Enfim muita injustiça feita. Mais ainda havia para expor.
Pior injustiça é quem NUNCA trabalhou ou trabalhou uns meses, tem direito a uma reforma SOCIAL que por vezes é tão elevada do que a PENSÃO DE VELHICE daqueles que trabalharam uma série de anos, mas não foram suficientes para “descolar” o valor do mínimo…
EM resumo: existem pessoas que NUNCA NUNCA NUNCA contribuíram para a seg. social, e recebem 200 e tal euros… e outras que descontaram mais de uma DÉCADA e recebem sensivelmente o MESMO!
Isto é justiça?!?!
Enquanto as contas forem feitas desta forma, estou-me marimbando para o que pode acontecer… porque das duas uma: ou uma pessoa desconta a VIDA TODA, ou está tramado seja qual for o desfecho.
Estou de acordo com a senhora anterior, acerca da situação de quem trabalhou em África, veio prevenida com os documentos certos da prova que tinha trabalhado nos serviços públicos de “Lourenço Marques” e no acto da reforma esses anos não foram aceites na segurança social nem na ADSE. Fiquei sem o valor que iria certamente ajudar na contagem final do tempo, para a reforma. E já agora aproveito para dizer o seguinte: desde a troika que até hoje nunca mais tive a reposição do valor da reforma que recebia anteriormente. Embora o Sr. Primeiro Ministro diga que as reformas já foram repostas. Não sei se deva dirigir-me à Seg. Social. Mais um assunto: O Sr. Andersson disse na altura da entrega do IRS que este ano iríamos receber mais, eu recebi menos. O que terá acontecido?
Gabriela Fernandes
Atenção!
Cada caso é um caso, e é muito difícil para alguém que trabalhe a recibos verdes manter os pagamentos para a SS.
Muitos tentam declarar valores menores porque o dinheiro não chega.
Ora experimente alguém trabalhar a recibo verde e que consiga uma média de 750,00€ mensais (o que é muito bom), pagar todas as despesas, incluindo as despesas inerentes à actividade que desempenha, alimentar-se a si e aos filhos e ter as contas com a SS em dia. Todas estas pessoas tentam pagar o menos possível. Não andam a gastar o dinheiro que deviam gastar com a SS no que lhes apetece, andam é a tentar sobreviver. E é o que terão de fazer a vida toda, mesmo depois de reformados…
O sistema é injusto, por isso é que isto acontece muitas vezes. E a retribuição ainda é mais injusta, não esquecer que quem trabalha por conta doutrem, recebe conforme aquilo que descontou, mas as entidades patronais também descontaram, e muito sobre o trabalho dos trabalhadores.
De acordo. Cada um tem de a sua situação. O importante é saber com o que conta no seu caso.
Minha pergunta tenho 65 anos.
Reforma por invalidez aos 47
Atestado multiusos aos 50 com 60%
Reavaliada aos 58 e fiquei com 85%
Recebo 515€ já com o complemento por dependência
Tenho direito á psi
Olá. Pelo que sei sim. Mas cada caso é um caso. Não espere mais um dia para pedir. Pela resposta saberá!
Bom dia, será que me podem ajudar já fui a segurança social e ninguém sabe dar respostas com certezas tudo muito vago! O meu país trabalhou em França 19 anos e 22 cá, fez 60 anos em Maio desta ano, será que pode beneficiar da nova lei, da reforma antecipada por carreiras de longas sem o corte do factor de sustatenbilidade, tendo apenas o corte dos 0,5. Não estou a solicitar a unificação das reformas apenas que conte o período que trabalhou em França. Se afirmativo depois aos 62 anos pedia a de França?
Obrigado
Há algum simulador deste género para os funcionários públicos?