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Bancos defendem multibanco pago ou critério igual na zona euro

Multibanco – Ou é grátis para todos ou pagam todos A banca continua a apertar o cerco às comissões bancárias. Como sabem, Portugal é uma espécie de “ilha” na Europa. O Multibanco cá é grátis e no resto da Europa não é. Ora isso é uma grande preocupação para os bancos portugueses porque é dinheiro […]

Bancos defendem multibanco pago ou critério igual na zona euro

Multibanco – Ou é grátis para todos ou pagam todos

A banca continua a apertar o cerco às comissões bancárias. Como sabem, Portugal é uma espécie de “ilha” na Europa. O Multibanco cá é grátis e no resto da Europa não é.
Ora isso é uma grande preocupação para os bancos portugueses porque é dinheiro que não estão a ganhar. E por isso, sempre que podem fazem este apelo. Querem que paguemos comissões sempre que fazemos operações no Multibanco.
Estou a partilhar convosco esta informação não porque podemos fazer alguma coisa, mas para estarmos atentos enquanto consumidores para o que aí pode vir. Tenho algumas sugestões sobre o que podemos fazer no final do artigo. Mas desde já digo, pela minha parte, que com estas declarações os bancos tradicionais só me empurram cada vez mais para todas as outras alternativas como o N26 ou o Revolut ou os bancos Grátis como o CTT, ActivoBank, Best, BIG, BNI Europa, etc. Já abri contas nestes todos. Se começarem a cobrar o que quer que seja, fecho-as.

Fim do Multibanco grátis

Os presidentes dos bancos BCP, BPI, Caixa Geral de Depósitos (CGD) e Novo Banco defenderam hoje, numa conferência em Cascais, que o multibanco deve ou ser pago ou ter critérios uniformes em toda a zona euro.
O presidente do BCP, Miguel Maya, defendeu durante o ‘CEO Banking Forum’, citado pela LUSA, que ou é gratuito para todos na Europa ou não é gratuito para ninguém.

“Estamos na união bancária ou em Portugal? Os concorrentes são os bancos da união bancária ou são os bancos portugueses? A minha opinião não é se deve ser pago ou não deve ser pago, deve ser que na união bancária haja as mesmas regras. Se for gratuito, deve ser gratuito em toda a zona euro. Se é pago, concretamente em que todos os serviços têm um custo suportado pelo cliente, então que seja uniforme na união bancária”.

Pelo BPI, Pablo Forero interrogou-se sobre as condições de concorrência face a outras instituições bancárias internacionais:

“Se alguém vem aqui fazer negócios sem investir em nenhuma caixa automática, por que têm de ser gratuitas?”.

Já Paulo Macedo, da CGD, disse que o entendimento do banco “é que se é uma questão de prestação de serviço, se o serviço tem valor, deve ser pago”, porque “não é justo achar que os trabalhadores do banco não devem ser remunerados pelo serviço que prestam”.
Por sua vez, António Ramalho, líder do Novo Banco, afirmou que “é muito difícil lá fora explicar que o Multibanco é um serviço subsidiado”, uma vez que normalmente cada banco tem a sua máquina automática.
António Ramalho considerou ainda que “20 euros” não são “caros” por um cartão “que faz um conjunto de funções notável”, referindo-se a anuidades.
Na terça-feira, durante a apresentação de resultados do Santander Totta, o presidente executivo do banco, Pedro Castro e Almeida, já tinha criticado por várias vezes a isenção de encargos para os clientes do sistema multibanco.

“Aqui em Portugal temos custos de contexto interessantes, não se paga taxas nas ATM (caixas multibanco automáticas) e isso tem custos para o banco, tal como o MB Way tem custos para o banco”.

As alternativas

Há cada vez mais alternativas. As chamadas Fintech estão a mudar o mundo financeiro e os bancos como os conhecemos têm os dias contados. Já invisto em ações sem passar pelos bancos, já empresto dinheiro a empresas portuguesas sem passar pelos bancos, todos os meus cartões de crédito são grátis (excepto o do crédito à habitação).
Já começo a pensar em amortizar o meu crédito à habitação o mais depressa possível só para me ver livre das comissões e seguros de vida e afins e destas (futuras) limitações dos bancos clássicos só para podermos mexer no nosso dinheiro.
Portanto, olhos abertos. Para já é ir fechando as contas em bancos que me cobram dinheiro por serviços acho que não deveria pagar. Claro que não me importo de pagar por serviços que os bancos me prestem. Mas então prestem-me serviços que me interessem e que sejam exclusivos. Mas cada vez mais sinto que não é o caso. Pagar só para ter lá o dinheiro, não obrigado.
(Sim, sei que isto é dramático para os funcionários dos bancos. Tenho plena consciência disso. Tal como tenho consciência que o meu trabalho como jornalista na televisão tem os dias contados também.
O que podemos fazer? Encontrar alternativas. É o que a SIC e as outras televisões estão a tentar fazer. Apostar na qualidade e em outras fontes de rendimento. É o que os bancos também têm de fazer. Imaginem que as TV’s como têm menos receitas de publicidade resolviam começar a cobrar assinaturas para as pessoas verem televisão. Acham que isso ia melhorar o negócio quando há alternativas grátis ou pagas mas que me dão o que eu quero em qualquer altura? Claro que não.
Os bancos em vez de carregarem nas comissões terão de pensar noutros caminhos que não afastem ainda mais os clientes. Mas é o que estão a fazer. Bom, é só uma breve reflexão minha enquanto consumidor. Admito outras opiniões.)

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