Proibidos trabalhos rurais com máquinas durante os próximos 2 dias
O ministro da Administração Interna disse hoje que vão ser proibidos todos os trabalhos rurais (com maquinaria) até às 24 horas de terça-feira e que os incêndios registados nos últimos dias se devem a atividades evitáveis.
(ATUALIZAÇÃO às 20:20 com comunicado do MAI)
No âmbito da Declaração da Situação de Alerta, prevista na Lei de Bases de Proteção Civil, serão implementadas as seguintes medidas de caráter excecional:
1) Proibição do acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais previamente definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem;
2) Proibição da realização de queimadas e queimas de sobrantes de exploração;
3) Proibição total da utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos, independentemente da sua forma de combustão, bem como a suspensão das autorizações que tenham sido emitidas nos distritos onde tenha sido declarado o Estado de Alerta Especial de Nível Laranja ou superior pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil;
4) Proibição de realização de trabalhos nos espaços florestais e outros espaços rurais com recurso a qualquer tipo de maquinaria, com exceção dos associados à alimentação de animais e a situações de combate a incêndios rurais.
“Temos verificado mais uma vez nos últimos dias que grande parte dos incêndios são evitáveis. Nesta semana, o incêndio de Vale de Cambra começou com um churrasco, incêndio de Vila Flor no sábado começou com trabalhos agrícolas, outros incêndios também fruto de atividades absolutamente evitáveis”, afirmou o ministro Eduardo Cabrita na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (AENPC), em Carnaxide.
“A situação está a ser avaliada pela ANEPC, tendo em conta que o IPMA, relativamente a segunda e terça-feira coloca cerca de 170 municípios do continente, isto é quase dois terços dos municípios do continente [território continental] , num nível máximo ou muito elevado de risco de incêndio rural”, declarou Eduardo Cabrita, explicando que a Proteção Civil está a avaliar os níveis de alerta operacional adequados.
Sobre a situação de alerta foi declarada pelo Governo, o ministro da Administração Interna lembrou que “permite mobilizar recursos, dispensar de trabalho todos os bombeiros voluntários, colocar num nível de prontidão máximo todas as entidades do sistema e, fundamentalmente, proibir atividades de riscos”.
“Não é só serem desaconselhadas, pirotecnia, trabalhos agrícolas com máquinas, uso do fogo na floresta são crime e serão tratados como tal pelas entidades com responsabilidade pela vigilância, a começar pela Guarda Nacional Republicana (GNR)”, alertou o governante.
Segundo o IPMA, 54 concelhos do interior Norte, do Centro, Alentejo e Algarve estão hoje em risco máximo de incêndio, designadamente municípios dos distritos de Bragança, Guarda, Viseu, Castelo Branco, Leiria, Santarém, Portalegre e Faro.
Os distritos que estão hoje com o maior número de concelhos em risco máximo de incêndio são os de Guarda, com 12 (Vila Nova de Foz Côa, Trancoso, Pinhel, Almeida, Fornos de Algodres, Aguiar da Beira, Mêda, Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Celorico da Beira, Sabugal e Manteigas) e Castelo Branco, com 10 (Belmonte, Covilhã, Penamacor, Fundão, Oleiros, Castelo Branco, Sertã, Vila de Rei, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão).
Num aviso à população emitido na quinta-feira, a ANEPC dava conta das medidas preventivas, como a proibição das queimas e queimadas sem autorização, utilização de fogareiros e grelhadores em todo o espaço rural, fumar ou fazer qualquer tipo de lume nestes locais, lançar balões de mecha acesa e foguetes. O uso de fogo-de-artifício só é permitido com autorização das câmaras municipais.
Muito cuidado, portanto. Sabendo eu que a maior parte das pessoas que estão a ler este texto estão em Lisboa, Porto e no litoral avise por favor os seus familiares que estão na “terra”. Dois dias de “folga” para evitar males maiores. Uma distração pode dar origem a um grande incêndio. E no momento em que escrevo há um muito grande no interior do país que só deve ser apagado lá para quarta-feira. Um bombeiro já morreu por causa dele.
O Sr. Anderson!!! Este texto é um churrilho de disparates…. Burocras como o senhor, infelizmente estão sim em Lisboa no Porto e no litoral….trabalhadores agrícolas estão sim nos campos e teem acesso a esta informação como eu a tenho! 48h sem trabalhos agrícolas implicaria um atraso de 10 dias no fornecimento de frescos e afins a todo o país e o senhor e nossos governantes de gravata e fechados em gabinete comeriam…… E eu até que gosto de ler seus comentários…..