Afinal a Covid-19 não é tão “democrática” como se pensava inicialmente
Confesso que nos primeiros dias da crise pensei (e transmiti essa opinião) que esta pandemia trazia uma novidade: Atingia todos por igual. Ricos e pobres, de todas as raças, credos e graus de educação. É verdade que a nível sanitário ninguém pode dizer que está livre, nem primeiros-ministros, reis, rainhas e estrelas do desporto ou do espetáculo. Nesse aspeto, o virus é realmente democrático. Mas financeiramente não.
O Barómetro Covid-19 da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), revela que os cidadãos com menos recursos financeiros e menos escolaridade são os mais afetados. A Covid-19 está a contribuir para aumentar o fosso das desigualdades.
Quem ganha menos de 650 euros sofre mais
Segundo o estudo, as pessoas que ganham menos de 650 euros mensais reportam até quatro vezes mais dificuldade em adquirir máscaras por estas serem caras, e as pessoas com menor escolaridade são as que mais referem não saber, ou não se terem informado sobre como utilizar as máscaras protetoras. Simultaneamente, é este o grupo que mais precisa de sair para exercer a sua atividade profissional, diz a ENSP, da Universidade Nova de Lisboa.
Da amostra de inquiridos cujo rendimento mensal é inferior a 650 euros, dois em cada três referem tê-lo perdido durante a crise da covid-19, e um em cada dois jovens com idade entre os 16 e os 25 anos diz ter perdido rendimento, bem como metade dos que têm apenas o 9º ano.
Segundo o barómetro, a nível nacional, é no Algarve que se verifica a maior proporção de pessoas que perderam rendimentos (57%), e de pessoas que suspenderam a atividade profissional (30%).
Falei sobre este tema (o Banco de Portugal fez um estudo que diz basicamente que metade está bem e que só a outra metade perdeu tudo ou uma fatia importante do rendimento) no episódio desta semana do podcast “Pedro Andersson – Contas-poupança”. Clique abaixo para ouvir.
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Muito bem fiquei muito mais esclarecido, vamos todos vencer esta Luta, se haver juízo no povo eu acredito que isto não está no fim não, está no início de uma brutal crise jamais vista no mundo, nem nas guerras mundiais foram duas, esta é a terceira, boa noite abraço,
eu e maridos temos dois fundos de emergência um equivalente a 8 meses de salarios e para a universidade dos garotos, o marido e eu viemos para layoff, estamos com os dois filhos em casa e ainda 2 cães labradores e…pedimos o apoio bancário!Não sabemoso que aí vême esta pareceu-nos a melhor solução! Achamos quando chegar o inverno…ou tal segunda vaga que falam vai ser bem mais duro…eque aí já ninguem (nem Estado) conseguirá ajudar, por isso fomos na carruagem agora do pedido de ajuda! Aos que são contra só tenho a dizer que dou o meu nib de boa vontade e conheço muita gente que tambem o dará:P
Olá. Não vejo porque alguém haveria de estar contra. É a sua decisão e ninguém tem nada a ver com isso.