Painel solar fotovoltaico – Balanço Fevereiro de 2019 (mês 27)

Escrito por Pedro Andersson

07.03.19

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3 min de leitura

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Balanço do mês de Fevereiro de 2019

Como era de prever, a produção de energia elétrica aumentou em Fevereiro. O meu painel de 250 W produziu quase 29 kWh. Representa pouco mais de 5 euros de poupança na fatura da luz, se tivesse consumido tudo o que o painel produziu no mês passado.
A poupança sofreu uma pequena redução por culpa minha. É que como ando sempre à procura da fornecedora de energia mais barata (pelos serviços que quero) consegui reduzir (novamente) o preço da eletricidade. A tarifa da Endesa baixou em Fevereiro, por isso já atualizei o gráfico com os novos valores. O painel produz mais kWh, mas isso representa menos dinheiro porque também pago menos quando fui buscar eletricidade à rede. Isso chateia-me? Nadinha. O que eu quero é pagar menos, sempre.

Painel solar fotovoltaico

As contas

Em Fevereiro, o painel solar fotovoltaico produziu 28,832 kWh. Para terem uma noção do que isso representa, dava para engomar roupa de graça durante 29 horas seguidas. Isto em teoria. Como o painel produz no máximo 250 W, se engomasse roupa ao meio-dia, isso significaria “apenas” 25% de desconto no que me custaria isso em eletricidade. Os outros 750 W teria de os ir buscar à rede. Para ser mesmo de graça teria de ter pelo menos 4 painéis para produzir em tempo real o total de 1.000 W durante aquela hora.
Foram assim os dias de Fevereiro.

Progressivamente, como podem ver no gráfico abaixo, o sol começa a ser mais “potente” à medida que nos aproximamos da Primavera e do Verão e isso reflete-se na produção global do painel fotovoltaico.

E o desconto na fatura?

Estas são as contas de Fevereiro de 2019. Se tivesse consumido tudo o que o painel produziu teria poupado na fatura da luz exatamente 5,30 euros (já com IVA).
Nestes 27 meses (já passaram mais de 2 anos) teria poupado 178,47 euros. Como investi 620 euros no painel e na instalação, neste momento o retorno do investimento está nos 7,8 anos.

 

Compensa comprar um painel solar?

Como não consumo tudo o que o painel produz (porque não estou em casa durante o dia durante a semana), tenho estimado o meu desperdício para a rede em cerca de 25%.
Assim, o retorno real  (o chamado break even) continua pelas minhas contas perto dos 10 anos (reais). Depois de passado esse tempo, o painel estará pago e terei pelo menos mais 15 anos de “lucro”. Veremos se é assim. Mensalmente continuarei a fazer aqui o balanço.
Recordo também que há leitores que me dizem que já conseguem comprar painéis solares fotovoltaicos de 250 W com tudo incluído e pronto a funcionar por menos de 500 euros. Aí o retorno é muito mais rápido. Quando comprei eram mais caros (e os 620 euros incluem a instalação e equipamentos adicionais que adquiri).
Para os que chegaram agora ao blogue, relembro que como não tenho baterias, tudo o que não consumir em tempo real é oferecido à rede. As baterias são demasiado caras para mim. Com baterias, todo o sistema fica em cerca de 5 mil euros.

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17 Comentários

  1. Luísa Novo

    “Com baterias, todo o sistema fica em cerca de 5 mil euros.”
    E quantos painéis a produzir quantos kwh por esse valor?Obrigada

    Responder
  2. Luís Moreira

    Tem de pensar em construir uma PowerWall com células 18650. Não faltam tutorias no youtube.

    Responder
    • José Quinteiro

      Atenção que nem todas as células 18650 á venda para projectos DIY são de confiança e convém ter varios niveis de segurança no projecto de powerwall.
      As células lítio são inflamaveis devem ser tratadas com respeito, um dos pontos de maior stress é a soldadura (solda/ligações) ou electronica (qualidade).
      Vejo profissionais experientes e com décadas de trabalho na área a verificarem tudo n vezes antes de dar o próximo passo… errar é só um descuido.
      Estas células requerem balanceadores de carga e carregador adequado á tipologia.
      Existem outras baterias de lítio disponiveis no mercado talvês mais adquadas a pequenos projectos solares… nada melhor como consultar ou pedir colaboração técnica.

      Responder
  3. Jose pereira

    Bom dia. Se voces fizerem a propria montagem fica bem mais barato.

    Responder
  4. Silvio

    Verifique se a energia não consumida injectada na rede não estará a ser contabilizada contra si no contador da empresa fornecedora.

    Responder
  5. Joaquim Tenreiro

    Não confundam kWh (emergia) com potência (kW), sff. Se não, não se entende o texto.

    Responder
  6. Jomapica

    Na falta de um carro elétrico (muitos €€€€) eu compraria uma bicicleta elétrica (aproveitando o incentivo, claro) e duas ou mais baterias, carregando-as alternadamente para aproveitar as horas de maior produção solar. Que acham da ideia?

    Responder
  7. Helena Jacob

    Boa tarde, andamos cheios de vontade de nos aventurar num painel fotovoltaico, mas não sabemos qual o melhor, nem por onde começar.
    Quer fazer o favor de nos ajudar.
    Helena e Joaquim Jacob

    Responder
  8. Carlos Campos

    Cara Helena Jacob,
    Primeiro aconselho a verificarem se têm consumos Diurnos que justifique o investimento em um módulo Fotovoltaico. Ou até mesmo 2, se assim se justificar os consumos nos períodos diurnos.
    Quanto a marcas, o módulo Fotovoltaico do Pedro Andersson, é da marca S-Energy, fabricante na Coreia do Sul, com tecnologia de I&D da Samsung, e a primeira fábrica de Fotovoltaico da Coreia do Sul.
    O Microinversor é da marca APS Energy, muito conceituado nos mercados internacionais.
    Se adquirirem um módulo Fotovoltaico, sugiro-vos que comprem um Microinversor da APS, já com a possibilidade de interligar mais um módulo Fotovoltaico no futuro, (com entrada para 2 módulos Fotovoltaicos). A diferença de preço é mínima, e compensa bem o investimento.
    Porque se chegarem à conclusão que será melhor adquirir mais um módulo, já não necessitam de investir em outro Microinversor.
    O Microinversor do Pedro Andersson, só serve para se ligar um módulo Fotovoltaico.
    Os módulos Fotovoltaicos, neste momento têm potências (Watts) entre os 275W; 285W; 290W; ou 300W, e estes do mesmo tamanho do módulo do Pedro Andersson, que terá as seguintes medidas: 1655mm× 999mm×60mm.
    Boas decisões e Sucessos.
    Cumprimentos,

    Responder
  9. Jorge

    Boa noite,
    Tive a procurar um pouco sobre tema e vi na página abaixo que com o pagamento de uma taxa de 30€ pode vender o excedente à rede, sendo remunerado pela energia não consome. Para isso Já não necessita de baterias e consegue aproveitar a energia que não consome.
    https://www.enat.pt/artigo/kit-autoconsumo
    https://www.enat.pt/autoconsumo

    Responder
    • Pedro Andersson

      Olá. Isso é diferente de autoconsumo. Tem imensos requisitos.

      Responder
  10. Carlos Campos

    Boa noite a todos,
    Caro Jorge,
    Sugiro que leia com muita atenção o DL153/2014.
    Neste Decreto de Lei actualizado, (e suas portarias) poderá encontrar todos os requisitos necessários para poder inscrever-se e candidatar-se a vender o excedente da sua produção ao CUR (Consumidor de Último Recurso).
    Os valores actuais rondam os 2,9 a 3,7 cêntimos de Euro por cada kWh injectado na RESP (Rede Eléctrica de Serviço Público).
    Estes valores de tarifa estão sempre indexados ao mercado MIBEL.
    Para poder vender, (ao CUR) tem muitos requisitos e muitos custos inerentes, Taxa de inscrição, inspeções periódicas durante 10 anos, contador de energia e modem via GSM, pago e instalado por conta e risco do titular do contrato, seguro de responsabilidade civil, etc. Exactamente como o Pedro Andersson o afirma, “Demasiados requisitos”.
    Este processo vs investimento com muitos sobrecustos só valerá a pena em termos de retorno financeiro, e de sustentabilidade, se forem instalações de uso indústrial, e sempre superiores a 25kW de instalação de módulos Fotovoltaicos.
    Cumprimentos,

    Responder
  11. Carlos Campos

    Olá Pedro Andersson,
    Este mês ainda não teve disponibilidades de nos “presentear” com os dados e comentários referentes ao mês de Março!?
    Estamos curiosos, ….
    Saúde e Sucessos.
    Cumprimentos,

    Responder
  12. Carlos Campos

    Boas a todos (as),
    Caros (as);
    O José Quinteiro faz uma observação vs ALERTA muito pertinente!
    É mesmo como ele afirma.
    Segue o link do que acontece a determinadas baterias de lithium-Ion, sem esta tecnologia “STOBA”.
    https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://m.youtube.com/watch%3Fv%3DVf1rI5Nm3ao&ved=2ahUKEwi45_ucgpfiAhXv1uAKHa4dC4MQwqsBMAF6BAgHEAU&usg=AOvVaw2g2xsXHsyuG4RZbT2Pzjd9
    EXEMPLO:
    Os automóveis da marca TESLA, explodem com muita frequência, quando batem em algo, ou simplesmente estacionados, etc. Porque não dispõem desta tecnologia.
    A melhor solução será obterem Packs / Baterias de Lithium com tecnologia LiFe-PO4, também chamado de Lithium Ferroso.
    Este é muito seguro.
    Segue mais informação (outro Link) sobre a tecnologia “STOBA”.
    https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://m.youtube.com/watch%3Fv%3Dd62YQHlw6mU&ved=2ahUKEwi45_ucgpfiAhXv1uAKHa4dC4MQwqsBMAN6BAgHEBA&usg=AOvVaw2QpCrbZIYVP0QBacYWrVCJ
    Atenção:
    Para quem não sabe sobre estas matérias, não se ponham a ver na Net, e tentar fazer os vossos “Ovos de Ouro”.
    Espero ter colaborado e despertado para os perigos de se fazerem packs com elementos de Lithium-Ion.
    Além disso, como foi referido, e muito bem, pelo JOSÉ QUINTEIRO, é necessário uma electrónica específica para cada caso em concreto, atendendo ao número de elementos, vs tensão (Voltagem total) vs corrente (IAh) Ampéres, a esta placa electrónica chamamos de BMS.
    Cumprimentos,

    Responder

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