Métodos criativos de poupança
Todos sabemos que poupar (não gastar o que nos apetece) exige sacrifício, regularidade e organização. Ou tem essa motivação ou não adianta. Já lhe falei aqui no blogue de vários métodos: O método das 52 semanas; o método “Contas-poupança” (tem AQUI os 8 PDF para imprimir); o célebre despejar os trocos numa caixa quando chega a casa; colocar todas as moedas de 1 ou 2 euros que tem na sua carteira num porquinho mealheiro, numa caixa ou garrafão, etc. Como já percebeu, o importante é ter um método. Partilho mais este método porque me parece muito interessante. Avalie.
Pague comissões a si próprio
Sempre que levantar dinheiro no multibanco, cobre uma comissão a si mesmo. Se os bancos lhe cobrassem uma comissão de cada vez que levantasse dinheiro (lá chegarão) tinha de pagar, certo? Assim, sinta-se um mini banqueiro e comece a cobrar comissões a si próprio. Sim, é um bocadinho masoquista, mas pode funcionar.
Sempre que levantar dinheiro no multibanco (pode definir um valor mínimo de levantamento) retira 5 euros para um envelope.
Esta sugestão tem duas vantagens, na minha opinião. Primeiro obriga-o a pensar duas vezes antes de levantar dinheiro. Sente que levantar dinheiro tem um custo e que não é pequeno. Terá de avaliar se precisa mesmo levantar dinheiro e quanto.
Em segundo lugar, é mais uma fonte de rendimento para a sua poupança. Pode até dar-lhe uma visão real de quantas vezes levanta dinheiro no multibanco. Pode chegar a uma conclusão “assustadora” e abrir-lhe os olhos para a forma como gasta o seu dinheiro.
Tenha um objetivo
Relembro que qualquer método de poupança só funciona se tiver um objetivo para esse dinheiro. Poupar por poupar não lhe dá a motivação suficiente para manter qualquer método a longo prazo.
Por exemplo, neste momento, tenho por objetivo poupar para comprar um carro (usado) – a pronto – dentro de 1 ano e meio (a minha Alhambra vai fazer 21 anos, já merece ser substituída). Já comecei a juntar no ano passado. A minha perspectiva é: Se pedisse um crédito ao banco para comprar um carro teria de pagar uma mensalidade com juros. Portanto, vou pagar a mim próprio (sou eu o banco) a mensalidade que preciso e ainda por cima a render juros (embora poucos) durante dois anos e meio. A diferença é que estou a “pagar-me” e ainda não vi a cor do carro. São métodos. Vou poupar nos juros e no tempo necessário para pagar o carro. Entretanto procuro o carro que quero com toda a calma do mundo, nomeadamente no estrangeiro. Se encontrar entretanto um carro que seja um excelente negócio (um mesmo imperdível) terei de reavaliar a minha situação. Veja AQUI como não ser enganado no Conta-quilómetros.
Na pior das hipóteses terei metade do valor que preciso e vou poupar nos juros se precisar pedir crédito para a outra metade. E se tiver o dinheiro na mão, posso negociar melhor com o vendedor. Não tenho de lhe pedir para esperar enquanto aguardo a aprovação do banco.
Pense a médio prazo
O segredo é pensar a médio e longo prazo. Se tiver/criar uma conta bancária só para um objetivo (tem vários bancos em que não paga nada de comissões) é mais interessante porque vai vendo o dinheiro crescer e, olhando para o saldo, consegue fazer as contas a quanto falta para atingir o seu objetivo e prever quanto deve colocar lá por mês nos meses seguintes. Pode igualmente acrescentar a essa conta todos os rendimentos extra que tiver: Juros de contas a prazo, reembolsos de IRS, subsídios de Férias e de Natal (ou partes deles), receitas imprevistas, etc. Sempre que acrescentar mais algum valor, o esforço necessário para atingir o seu objetivo diminui nos meses seguintes e isso é uma motivação extra.
Experimente.
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