E os vencedores são…

Escrito por Pedro Andersson

26.11.17

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4 min de leitura

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Os 3 livros autografados “Contas-poupança” vão para…

Primeiro, o critério.

Depois de ler cerca de 600 perguntas que me deixaram como sugestão de reportagens futuras devo dizer em primeiro lugar que fiquei agradavelmente surpreendido.

Houve algumas perguntas que não irei responder porque são básicas ao ponto de bastar ir ao google e encontrar logo a resposta. Mas diria que 90% das questões colocadas já representam um elevado nível de exigência do ponto de vista do cidadão e/ou do consumidor.

Escolhi aquelas que vão além do óbvio do dia-a-dia. Revela que são pessoas que olham para os detalhes e pensam nas coisas com espírito crítico.

Os vencedores

  1. Maria João Azinhaes

“À semelhança do artigo do papel que continua a dar que falar, gostaria de saber porque é que os enlatados calculam o preço/kg pelo peso total e não pelo “peso escorrido”. Ex: Numa lata de salsichas eu não bebo a água nem esta devia ser considerada para o cálculo do valor/kg de produto.”

De facto, também já dei por isso e é muito variável. No mesmo hiper tenho as duas situações. Já estou a investigar esse tema. Para a Maria João ter esta dúvida é porque está sempre atenta ao preço por kg e mais do que isso, a que tipo de peso. Muito bem!

2. Pedro Nuno Pires Fernandes

“Porque é que o preço dos combustíveis é mostrado com 3 casas decimais, após a vírgula. Ex: 1,399 se todos os outros preços de bens e serviços são mostrados com duas casas decimais? Um litro que é mostrado com o preço de 1,399 custa o mesmo se for apresentado noutro lado a 1,398.”

Já fiz também esta pergunta (passa-se o mesmo com a eletricidade e o gás). Ainda não encontrei resposta, mas suponho que tenha a ver com a passagem do escudo para o euro. Mas farei essa reportagem. Atenção que a conta é feita com o valor das 3 casas decimais, depois o arredondamento final é que reduz para duas casas decimais. Se eles perdessem alguma coisa já tinham acabado com as milésimas. Enquanto mexem nas milésimas não têm de mexer dos cêntimos. Certo? Obrigado por estar atento aos detalhes.

3. Sílvia Costa

“Quanto custa morrer? Quais são as despesas com um funeral?”

Ora aqui está uma excelente questão. E que nunca peguei até agora por ser tão sensível e polémica. Toda a gente sabe que é caro, mas ninguém tem a coragem de pegar no tema. Porquê? Porque parece logo que estamos a poupar no amor à memória de alguém. Mas será que as agências funerárias não se aproveitam desse momento de fragilidade para cobrarem o que lhes apetece? A dignidade de um funeral tem preço? Será que alguém tem coragem de ir de funerária em funerária a pedir orçamentos para um funeral? Será que isso é bem visto? Pelos outros e pela família?

Quero agradecer à Sílvia por ter tido a coragem de fazer esta pergunta. Quando o meu pai morreu nem me passou pela cabeça esta questão. Imagino que aconteça a todos. Muito tempo depois, como faço estas reportagens, fiz exatamente esta pergunta, mas tenho evitado pegar no tema por ser tão sensível.

É verdade que é um serviço como outro qualquer… Mas quem é que tem coragem de pedir orçamentos para um funeral? O próprio? Os filhos? A mulher ou o marido? E quando? É das perguntas mais terríveis que alguém pode fazer e ao mesmo tempo a despesa mais certa de todas. Mas que ficará sempre por responder por outros. Já que ninguém tem coragem de pedir orçamentos para funerais, vou tentar fazer isso. Pelo menos fica a saber a diferença de preços que pode encontrar para serviços semelhantes. Pode acontecer fazer diferença se o orçamento ou a herança for curta.

Pode acontecer que com menos dinheiro do que na primeira funerária, possa dar um funeral mais bonito e digno do que na primeira opção que lhe aparecer à frente. Se se lembrar disso na altura, claro.

Concorde ou não, foram as minhas 3 escolhas para oferecer o livro. Li todas as perguntas sem excepção. Muitas vão dar reportagem porque fazem parte do nosso-dia-a-dia e fazem todo o sentido.

As outras vou responder aqui no blogue, assim que tenha resposta para elas.

Vou contactar os vencedores por e-mail. Se não responderem em 3 dias, passo aos seguintes que já escolhi como suplentes.

Obrigado a todos.

E boas poupanças!

Se não ganharam mas quiserem na mesma adquirir o livro têm AQUI mais informações.

Também podem requisitá-lo de graça nas Bibliotecas Municipais ou lê-lo aos bocadinhos quando forem às compras nos hipermercados (eu não disse isto…). Para mim, é óbvio que gostava que o comprassem, mas mais importante que isso é que o leiam e apliquem as dicas. Ficam a ganhar de certeza!

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3 Comentários

  1. Maria João Azinhaes

    Olá Pedro,
    Muito obrigada por ter sido uma das contempladas com a oferta.
    Com uma questão tão simples não estava nada à espera de ser selecionada.
    Para além de seguir as reportagens com muito interesse vou ter a oportunidade de ter o livro para consultar e aplicar melhor os conselhos e dicas úteis no dia a dia

    Responder
  2. Luis

    A segunda questão tem a haver com um critério de justiça para o consumidor. Porque face ao preço vs quantidade, se as milésimas fossem arredondadas antes de se multiplicar pela quantidade, os consumidores ficariam a perder. Julgo que o critério foi estabelecidos nos últimos anos apenas, e nada tem a haver com a passagem para o euro. À semelhança disso temos ações da bolsa nacional que são transacionáveis com 2, 3 ou 4 casas decimais.

    A pergunta aos interessante é a 3a que gostava de ver investigada. Não conheço donos de agências funerárias que não tenham enriquecido muito nas últimas décadas.

    Cumprimentos e continuação de bom trabalho.

    Responder
  3. Ana Martins

    Olá Pedro, boa tarde.
    Tenho acompanhado o seu trabalho com muito interesse o qual aproveito para parabenizar!
    Relativamente à terceira pergunta vencedora, infelizmente, morrer é caro e não são só as funerárias que ficam a ganhar.
    Todos sabemos que é um assunto bastante melindroso e que toca fundo a todos mas há todo um negócio criado à volta da morte que vale a pena investigar a fundo com vista a elucidar os mais curiosos e desatentos com vista a poder ajudar a tomar decisões futuras.
    Como o Pedro bem falou podemos começar pelas funerárias mas a igreja também ganha bastante com tudo isto.
    Vejamos:
    Aluguer da sala para se fazer o velório tem custo.
    Todos os serviços extra são pagos (máquina de café, aquecimento se for necessário, limpeza…..)
    Mandar dizer o nome na missa de 7º dia também se paga (10€ por nome). Já fui a missas onde o padre disse, pelo menos, 30 nomes….é só fazer as contas.
    Além disso, a própria câmara também ganha quando o corpo vai para o cemitério:
    O buraco do cemitério é pago (alugado) até serem levantadas as ossadas.
    Levantar as ossadas para verificar se as mesmas já podem ser transladadas para uma “gaveta” (o que é obrigatório ao fim de 3 anos) tem custos.
    A “gaveta” tem custos anuais.
    Se quiser cremar as ossadas para as poder levar para casa, tem custos semelhantes ao de um funeral.
    Transportar as ossadas de um cemitério para outro (por exemplo porque se mudou de cidade ou porque o falecido morreu numa cidade que não a dele) tem custos iguais ao de um novo funeral.
    Penso que nos cemitérios é tudo pago, à excepção de alteração de morada….. (não tenho a certeza)
    Até as próprias floristas que se encontram à porta dos cemitérios cobram o dobro pelas flores que vendem! (algumas, nem todas)
    Feitas as contas a longo prazo, cremar acaba por ser mais em conta do que fazer um enterro além de que tem a vantagem de se poder levar as cinzas para casa, desde que acondicionadas num recipiente próprio para o efeito, e permite que se possa enterrar esse recipiente num terreno de família passível de se visitar diariamente e sem que se tenha custos para o resto da vida.
    Enfim, infelizmente neste mundo tudo se paga, até depois de morrer! E infelizmente, quem tem que lidar com isto tudo, são os familiares que já sofrem bastante com a morte de um ente querido e ainda têm que ter estômago para tratar de toda a burocracia e ter uma carteira bem recheada…..
    É triste.

    Responder

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