As Finanças têm um novo número de apoio
Eu já falei sobre isto há cerca de duas semanas aqui no blogue do Contas-poupança mas decidi reforçar a mensagem na Crónica deste mês na Revista VISÃO, para quem não segue o Contas-poupança na internet.
No caso de não terem lido aqui, partilho a “novidade”. Era bom que todos seguissem o exemplo. No fim do texto têm o link se quiserem ler online na VISÃO.
Acabou o 707 das Finanças
Quer dizer, se quiser muito continuar a ligar para o 707 206 707 da Autoridade Tributária sempre que tiver uma dúvida ou queira resolver um problema pode, mas já tem uma alternativa.
No Portal das Finanças já foi apagado o tal número que nos ia à carteira cada vez que ligávamos e foi substituído por um 21 “normal”.
A partir de agora, sempre que precisar tratar de alguma coisa com as Finanças pelo telefone deve ligar o 217 206 707. Ou seja, só mudaram os dois primeiros dígitos. Sempre ajuda a fixar o número novo.
Mas porque é que mudar um número é uma notícia tão boa? Porque, caso não saiba, se ligar para um número que comece por 707 (seja de que empresa for) provavelmente está a pagar 18 €/hora se a chamada for feita a partir de um telemóvel.
É caricato uma pessoa ter de ligar para as finanças por causa de um erro cometido pela máquina fiscal e eu ter de pagar essa brutalidade ainda por cima. Foi assim durante anos a fio.
Uma espectadora do “Contas-poupança” (SIC, quarta-feira no Jornal da Noite) mandou-me uma mensagem a confidenciar que só percebeu o perigo dos 707 quando ligou do telemóvel para as finanças para fazer uma pergunta e de repente a chamada caiu porque ficou sem saldo. Nos minutos em que esteve à espera para ser atendida – e não o chegou a ser – gastou 6 euros.
Há anos que ando a chamar a atenção para este pormenor (pelo menos desde 2013) das pessoas ligarem para as Finanças (CAT da AT – Centro de Atendimento Telefónico da Autoridade Tributária) para resolverem problemas e terem de pagar (muito) para isso.
Não sendo uma notícia que mude (muito) as nossas vidas, devo sublinhar que vai no bom caminho. Espero que todas as outras instituições e empresas sigam o exemplo.
Bancos, seguradoras e todo o género de empresas ainda mantêm o 707 como forma de contacto preferencial com os clientes. Por motivos óbvios, uma vez que a maior parte delas ganha com isso.
Para que serviram os 707?
O 707 surgiu numa altura em que era vantajoso ter um número igual para todo o território nacional. Caso contrário, quem ligasse de Trás-os-montes para as Finanças em Lisboa era prejudicado porque pagava mais do que alguém que morasse na mesma área e pagasse uma chamada local.
As coisas mudaram tanto que agora, com os pacotes de TV NET VOZ, ligar para números começados por 2 qualquer coisa são grátis. As empresas e instituições que ainda têm os 707 podiam fazer o favor de acabar com eles? Obrigado.
http://visao.sapo.pt/opiniao/bolsa-de-especialistas/2017-01-17-Acabou-o-707-das-Financas
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